O Parque do Matão, principal área verde e de lazer de Votorantim, no interior de São Paulo, foi fechado pela prefeitura após a morte de três bugios com suspeita de febre amarela. De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde, os animais foram enviados para análise no Instituto Adolfo Lutz e os resultados saem em dez dias, quando a reabertura do parque será reavaliada. A cidade ainda não registrou caso de febre amarela e está fora da área de risco, por isso está vacinando apenas as pessoas que viajam para regiões que têm o vírus.
De acordo com a Vigilância, se a causa da morte de um dos animais tiver sido a febre amarela, será adotada a vacinação em massa, conforme os critérios adotados pelo Ministério da Saúde. Na manhã desta quinta-feira, 4, o Centro de Controle de Zoonoses iniciou a nebulização do parque e das residências do entorno.
Conforme a coordenadora Kátia Regina Oliveira, a medida é preventiva para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika, e também da febre amarela em humanos.
O Parque do Matão ocupa uma área de 63 mil metros quadrados, na região central da cidade. Até ser interditado, além do público em geral, o local sediava programas de educação ambiental e recebia visitas monitoradas de escolas da região. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente do município, cerca de 40 macacos vivem no parque.
Na região, em 2017, foram registrados macacos mortos pela doença em São Roque e Piedade – as duas cidades realizam campanhas de vacinação. Em Sorocaba, não houve registro do vírus, mas a imunização foi ampliada desde quarta-feira, 3, no bairro de Brigadeiro Tobias, que tem áreas de matas.
De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado, não houve casos humanos de febre amarela na região de Sorocaba, mas os municípios podem adotar a vacinação com base em critérios próprios.