O jovem acusado de matar a esposa, Karina Tedesco Palmeira, e se deitar ao lado do corpo foi condenado nesta quinta-feira (12), a quatro anos de prisão em regime semiaberto. O crime aconteceu em 17 de maio de 2018, em Votorantim, no interior de São Paulo.
Rodrigo Alves Oliveira cumpriu três anos em regime fechado e agora irá responder em liberdade. Ele havia sido denunciado por homicídio culposo, mas a Justiça converteu para o crime de lesão corporal seguido de morte.
O julgamento começou na tarde de ontem e só terminou na madrugada de hoje. Ele foi condenado a quatro anos por lesão corporal, seguida de morte. Como ele já cumpriu três anos em regime fechado, foi concedido o alvará de soltura e agora irá responder em liberdade.
Segundo o Tribunal de Justiça (TJ), o acusado contou que no dia do crime havia discutido com a companheira, durante a madrugada e ela estaria alterada no momento da discussão. Ele informou que ela teria provocado lesões nela mesmo e que teria tentado conte-la e acabou cometendo as agressões, mas não tinha a intenção de matá-la.
De acordo com a decisão, os jurados, com base no depoimento do réu e das testemunhas ouvidas em plenário, que não presenciaram as agressões, não conseguiram ter certeza do que de fato ocorreu naquela data e não tiveram como estabelecer uma conexão direta entre as agressões e a morte da jovem.
O crime
O casal morava no Parque Jataí e na manhã seguinte ao crime, Rodrigo teria acionado o socorro ao perceber que Karina estava desacordada. Ele acompanhou a vítima até o hospital, onde foi confirmada a morte.
Karina apresentava vários hematomas pelo corpo e no rosto e Rodrigo se apresentava muito nervoso e tinha hematomas na mão. Diante da situação, os médicos acionaram a Polícia Militar (PM).
Após constatarem a morte da jovem, os policiais foram até a casa do casal e encontraram marcas de sangue no quarto e no banheiro.
Na época, Rodrigo foi encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e recebeu voz de prisão.
O corpo de Karina foi sepultado no Cemitério Santo Antonio, em Sorocaba (SP).
Essa não foi a primeira vez em que Rodrigo em um caso de violência doméstica. Em 2015 ele já sido denunciado por agressão