A cidade de Betim, em Minas Gerais, começou a vacinar estudantes entre 12 e 14 anos contra a Covid-19 na última quarta-feira (16). A vacinação foi anunciada nos canais oficiais da prefeitura do município, sob a alegação de que ajudará na volta às aulas, uma vez que os estudantes estariam há um ano sem aulas presenciais.
De acordo com o prefeito de Betim, Vittorio Medioli (PSD), a imunização de professores e alunos com a primeira dose permite a avaliação da retomada das aulas semipresenciais em agosto.
As vacinas serão aplicadas inicialmente nos adolescentes que estão no 7º, 8º e 9º ano do ensino fundamental. A expectativa é aplicar a vacina em cerca de 19 mil alunos. A medida foi anunciada após a cidade receber 6.047 doses da vacina da Pfizer, que segundo a prefeitura a Pfizer “tem a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada em pessoas a partir de 12 anos.”
Por outro lado, o Ministério da Saúde disse por meio de nota que a ampliação da vacinação para adolescentes a partir dos 12 anos com o imunizante da Pfizer está sendo discutida na Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis.
Dessa maneira, o Ministério recomenda que os estados e municípios sigam as orientações de ter como foco da vacinação neste momento a população adulta e os grupos prioritários. Porém, lembrou também que os gestores locais têm autonomia para definir como será essa estratégia.
“Depois de iniciarmos a vacinação dos professores, damos mais um passo no nosso planejamento de retomada às aulas. Já perdemos o ano letivo de 2020 e temos que fazer um esforço para recuperar e não perdemos ainda este ano. Por isso, a vacina da Pfizer que chegar no município será destinada aos estudantes. Começaremos pelas regiões mais afastadas e mais carentes da cidade. Com os professores e alunos vacinados com a primeira dose, poderemos avaliar as condições de retomar com as aulas (ensino semipresencial) no mês de agosto”, afirmou o prefeito Vittorio Medioli.
Nas redes sociais a medida gerou divergência entre os internautas, alguns concordando com a ação, outros discordando por causa da vacina não ter chegado a todos os adultos e públicos de risco, além de priorizar algumas escolas em lugar de outras.