Um pintor acusado de tentar envenenar a família de um cliente teve a pena de 14 anos de reclusão mantida pela 12ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo na última quinta-feira (11). O caso aconteceu em 2013 na cidade de Tupã, no interior de São Paulo.
Os atos teriam sido praticados para obter dinheiro com o intuito de consertar uma caminhonete. A pena foi arbitrada em 14 anos de reclusão, em regime inicial fechado.
Com base nos autos, o réu foi até a casa da vítima, para quem costumava prestar serviços de pintura em alguns móveis e aproveitando-se do momento em que a dona da casa estava conferindo a pintura, ele subtraiu uma folha de cheque em branco. Depois para tentar ocultar o furto, ele acabou colocando veneno de rato (“chumbinho”) no pote de café da família.
No dia seguinte, a mulher preparou o café e, imediatamente após tomá-lo, começou a passar mal, com cólicas, vômitos, convulsões e diarreia.
Atendida pela diarista, que a levou imediatamente ao médico, conseguiu ser socorrida. No outro dia teve alta e recebeu a visita dos dois filhos e de uma amiga da família, preparando para todos um novo café. Os quatro foram intoxicados pelo veneno e apresentaram os mesmos sintomas, sendo atendidos a tempo.
O relator da apelação, desembargador Amable Lopez Soto, disse que “os depoimentos colhidos, em ambas as fases, dão suporte para a conclusão adotada pelo Conselho de Sentença, inexistindo decisão manifestamente contrária à prova dos autos, até porque o acusado, sempre que ouvido, confessou os fatos, tal como descritos na denúncia”.
