O dólar renovou máxima na casa dos R$ 5,22 nesta segunda-feira, 21, acompanhando a moeda norte-americana forte no exterior, diz o gerente da mesa de derivativos financeiros da corretora Commcor, Cleber Alessie Machado Neto. “A mutação de covid-19 no Reino Unido pegou todos de surpresa e se sobrepõe a boa notícia do pacote de estímulos fiscais dos EUA, que é fator pró-risco e pode ser que as bolsas melhorem e o dólar desacelere a alta mais tarde, avalia.
Machado Neto afirma que a cotação à vista mais alta que a do contrato de janeiro de 2021 volta a deixar a taxa do dólar casado negativa e o BC pode entrar com injeção de liquidez via linha. “Ainda assim, se não acalmar, o BC poderá entrar com oferta extra de swap, além dos US$ 800 milhões diários em dinheiro novo que vem sendo ofertados desde 10 de dezembro, totalizando em sete pregões, desde fim da rolagem de janeiro de swap, mais US$ 5,6 bilhões já vendidos em swap novos, fora a operação de hoje”, calcula o gerente.
Com a demanda maior nesta reta final do ano, se o BC estava vigilante, hoje deve estar ainda mais, avalia. Na máxima, por volta das 9h30, o dólar à vista atingiu R$ 5,2236 (+2,77%). O dólar futuro de janeiro subiu até R$ 5,2230 (+2,40%).