A Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu mandado de busca e apreensão em uma empresa de Contagem, na Grande Belo Horizonte, que seria a fornecedora de pelo menos uma das substâncias encontradas na cerveja Belorizontina, da Backer, e em sua fábrica no bairro Olhos D’Água, Região Oeste da capital. Segundo as investigações da corporação, as substâncias encontradas na bebida e na fábrica são o dietilenoglicol e o monoetilenoglicol, ambos utilizados, normalmente, em sistemas de refrigeração de fábricas do setor cervejeiro.
O dietilenoglicol é apontado como possível causa da morte de quatro pessoas que teriam consumido a Belorizontina. “Recolhemos amostras, alguns documentos na continuidade da operação”, afirmou o delegado responsável pelas investigações, Flávio Grossi. Segundo o policial, a empresa é fornecedora de produtos que “envolvem toda a cadeia de investigação, da contaminação inclusive”, continuou.
A Polícia Civil de Minas Gerais afirma que, até o momento, são 18 casos notificados de pessoas suspeitas de contaminação, com três mortes anunciadas e uma quarta ainda não oficializada. Já a Secretaria de Estado de Saúde afirma serem 17 o total de notificações. A Polícia Civil explicou que a diferença pode ser pelo fato de o Estado se referir a investigações de ordem sanitária. Já a corporação investiga a esfera criminal.