Levantamento preliminar da Secretaria da Saúde aponta que o Estado de São Paulo vacinou mais de 5,5 milhões de pessoas contra a gripe em 2017. O número é contabilizado desde o começo da iniciativa, em 17 de abril, até o último sábado (13), o “Dia D” da campanha contra o vírus Influenza, causador da H1N1 e outras gripes. O balanço foi baseado nos dados informados pelos municípios paulistas.
Neste ano, o Governo do Estado pretende imunizar 10 milhões de cidadãos, o que corresponde à meta de 80% dos 12,6 milhões de moradores que formam o público-alvo. Em 2017, os grupos a serem protegidos foram ampliados. Desde a última sexta-feira (12), possuem direito a participar da iniciativa os policiais civis e militares, bombeiros e profissionais que atuam na Defesa Civil, Correios, Poupatempo, Ministério Público Estadual, Procuradoria Geral e Defensoria Pública.
O Instituto Butantan, ligado à Secretaria da Saúde e responsável pela produção das doses, disponibilizou 600 mil exemplares extras para proteção dos profissionais que atuam diretamente em contato com a população. Ao todo, o Estado apresenta 5.564.887 imunizados.
Disponibilidade
A campanha continuará em todo o território paulista até 26 de maio e as vacinas permanecem disponíveis para bebês a partir dos seis meses e crianças menores de cinco anos, idosos a partir dos 60 anos, gestantes, mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias, indígenas, profissionais de saúde que trabalham em serviços públicos e privados, professores das redes pública e privada, além dos grupos contemplados com a ampliação.
A população conta com aproximadamente cinco mil postos de saúde fixos e volantes em São Paulo, que funcionam de segunda a sábado, de 8h às 17h. “A vacinação contra o Influenza é fundamental para evitar complicações decorrentes da gripe e doenças graves, como pneumonia, otites e sinusites”, destaca Helena Sato, diretora de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde.
Ainda segundo a médica, não há motivo para deixar de participar da atividade: “A dose não tem capacidade de provocar gripe, pois é composta apenas por partículas do vírus que são incapazes de causar infecção”, explica.
Proteção
Além de defender a população contra a gripe A H1N1, que se disseminou pelo mundo na pandemia de 2009, as vacinas protegem a população contra os vírus A/Hong Kong (H3N2) e B/Brisbane. A imunização foi produzida pelo Instituto Butantan, órgão ligado à pasta, por meio de um processo de transferência de tecnologia.
Conforme recomenda o Ministério da Saúde, somente casos severos de gripe, caracterizados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), independentemente do tipo, são de notificação obrigatória no Brasil.
Neste ano, até 24 de abril, foram contabilizados 206 registros de SRAG atribuíveis ao vírus Influenza em São Paulo, dos quais 119 relacionados ao A (H3N2). Foram notificados 23 óbitos, sendo nove relacionados à H3N2.