Vereadores de São Paulo articulam a aprovação relâmpago de um projeto de lei que autoriza um grupo de até 300 mil pessoas a passar na frente na fila de vacinação na cidade e sejam imunizadas antes da população em geral. A autorização valeria para as cerca de 5 milhões de doses que a Prefeitura negocia com laboratórios privados.
A ideia é que motoristas e cobradores de ônibus, pessoal de atendimento das subprefeituras, assistentes sociais, funcionários da limpeza urbana e professores e auxiliares de escolas e creches de todas as faixas etárias recebam o imunizante. Há pressão para que taxistas, feirantes e motoristas de aplicativo também entrem na lista prioritária.
As discussões tomaram corpo no começo da semana, e prosseguiram mesmo após o governo anunciar que profissionais da educação, a partir de 47 anos, e da segurança pública serão vacinados a partir de abril.
Ligado a empresas de ônibus, o presidente do Legislativo paulistano, Milton Leite (DEM), vem prometendo aos motoristas empenho para vaciná-los. “Acho que poderíamos abrir para aqueles setores que tenham contato direto com a população”, disse ele, ao citar também profissionais de educação e assistência social.
PSOL e PT, que têm ligação com os sindicatos de professores e assistentes sociais, defendem a proposta. “Não estamos querendo colocar privilégios. Estamos falando da manutenção de políticas públicas”, afirmou a vereadora Luana Alves (PSOL), ao destacar serviços sociais deixaram de ser oferecidos por falta de pessoal
A redação final do texto deve ser apresentada hoje pelo líder do governo, Fabio Riva (PSDB). Ele disse que o texto será “autorizativo” – libera a Prefeitura a vacinar essas categorias, mas não a obriga a agir desta forma.