O verão teve início neste sábado (21), às 6h20 (horário de Brasília), trazendo temperaturas elevadas e mudanças rápidas nas condições climáticas, como chuvas intensas e ventos fortes. Apesar disso, a previsão para a estação é de chuvas abaixo da média na maior parte do país, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Influência do fenômeno La Niña
O La Niña, fenômeno climático que afeta os padrões de chuva e temperatura, terá menor duração nesta estação. Ele costuma intensificar as chuvas no Norte e Nordeste e causar secas no Sul do Brasil. A previsão é de que sua influência seja reduzida progressivamente até abril de 2025.
Segundo a meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho, as chuvas devem ficar abaixo da média em grande parte do território nacional. A Região Norte, porém, será exceção, com previsão de precipitações acima da média.
Região por região
- Norte: Predomínio de chuvas acima da média.
- Nordeste: Chuvas abaixo da média, exceto no noroeste da região, onde períodos isolados podem atingir a média.
- Centro-Oeste e Sudeste: Chuvas entre normal e abaixo da média.
- Sul: Chuvas normais ou abaixo do normal, com destaque para o extremo sul do Rio Grande do Sul, onde os volumes podem ser inferiores a 400 mm.
Impactos econômicos
A irregularidade nas chuvas pode afetar setores econômicos, como a agropecuária, a geração de energia por hidrelétricas e a reposição dos reservatórios de água. O relatório do Inmet aponta que as condições climáticas oceânicas, como a diferença de temperatura entre o Atlântico Tropical Norte e Sul, podem agravar esses impactos.
Apesar da tendência de redução de chuvas, a meteorologista alerta para a possibilidade de eventos pontuais de chuvas volumosas, especialmente no Norte e em parte do Nordeste.