O mercado do comércio eletrônico tem muitos motivos para comemorar. Além do crescimento apresentado pelo setor nos últimos anos, as projeções até 2021 são muito otimistas.
De acordo com uma pesquisa apresentada pelo Google no final de 2016, o comércio eletrônico deve dobrar sua participação no faturamento do varejo nos próximos cinco anos – levando em consideração 2017 – crescendo em média 12,4% ao ano, chegando a R$ 85 bilhões.
A participação do segmento deve chegar a 9,5% até 2021. Segundo o Google, um dos motivos para o aumento da receita do e-commerce é o surgimento de novos consumidores comprando pela internet.
Os dados revelam que mais de 27 milhões de pessoas farão sua primeira compra online, totalizando 67,4 milhões nesse período, o que representa 44% dos internautas em 2021.
Com a ampliação do setor, a variedade de produtos comprados online também deve ser ampliada. A previsão que a venda de itens como roupas, calçados, beleza e alimentos deve crescer acima da média, a partir de 2018.
Segundo a pesquisa do Google, estima-se que artigos, roupas esportivas e livros apresentem um crescimento de 17%, e roupas e beleza, 15% até 2021.
Como já vem ocorrendo, nos próximos anos, as compras online por meio de dispositivos móveis também terão maior participação, fazendo com que as lojas virtuais invistam em iniciativas voltadas para o mobile. A previsão é que até 2021, os smartphones tenham participação nas compras online em torno de 41%.
O CEO e especialista em e-commerce da agência Advice e-Commerce, Jairo Soares confirma essa tendência. ” Atualmente o mercado do e-commerce já trabalha com o mobile first, ou seja, mais de 70% dos consumidores tem sua primeira impressão com uma loja virtual ou com uma promoção de alguma loja virtual por meio de um dispositivo móvel”, comenta.
Por isso, na avaliação dele, é fundamental que os e-commerces garantam uma boa experiência de compra para o consumidor, tornando a visualização dessas lojas no mobile mais fácil.
“Hoje é extremamente necessário ter um site responsivo, ou seja, que se adapte nos mais diversos tipos de telas, ou que ofereça ao cliente uma versão mobile bem desenvolvida. Cada dia que passa, isso é uma obrigação de quem deseja ter sucesso nas vendas online”, destaca.
A pesquisa do Google revela ainda que eletrônicos, livros e eletrodomésticos ainda são categorias nas quais o online exerce mais influência nas vendas na loja física.
Segundo esse levantamento, seis em cada 10 vendas desses produtos acontece pela interação com a web. A estimativa é que até 2021 essa influência deverá ser ampliada, atingindo 8 em cada 10 vendas. O levantamento apresentado pelo Google foi realizado com cerca de 4.500 pessoas nas faixas etárias de 16 a 75 anos.
Para os próximos anos, Soares faz um alerta sobre a necessidade de investimento em tecnologia. Para ele, o crescimento e o sucesso do mercado do e-commerce nacional estão totalmente atrelados aos avanços tecnológicos.
” Existe muita demanda de consumo ainda no comércio eletrônico e o mesmo precisa de melhorias tecnológicas, em termos de sistema de pagamento, Hubs de marketplace e principalmente na logística. O e-commerce vai crescer independente da tecnologia, pois ainda existe uma demanda latente de consumidores que entrarão no digital, mas o caminho tem que ser melhor pavimentado pela tecnologia nacional, que ainda peca em alguns pontos”, observa.