A venda de materiais de construção no varejo brasileiro registrou melhora significativa no mês de maio, de acordo com a mais recente edição do Termômetro JS+ Anamaco. O levantamento, feito em parceria entre a Juntos Somos Mais e a Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco), mostra que a percepção de crescimento entre lojistas subiu de 27% em abril para 35% em maio — um avanço de 8 pontos percentuais, revertendo a queda de 25% verificada de março para abril.
A retomada acompanha o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que avançou 1,4% no primeiro trimestre, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho reforça o início de uma possível reação no varejo de materiais de construção após oscilações no início do ano.
Nordeste lidera entre as regiões com melhor desempenho
O levantamento também identificou que as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste puxaram a alta no sentimento de crescimento nas vendas. No Nordeste, 43% dos lojistas afirmaram ter registrado avanço nas vendas. Por outro lado, o Sul do país apresentou o menor índice de percepção positiva, com apenas 30%.
Na comparação com maio de 2024, no entanto, o desempenho ainda é inferior na maioria das regiões, com exceção do Nordeste, que manteve os 43%. No Brasil, como um todo, a diferença negativa foi de 7 pontos percentuais.
Lojas especializadas em tintas estão mais confiantes
A pesquisa também revelou um crescimento no otimismo dos lojistas em relação ao trimestre seguinte. Entre os entrevistados, 73% esperam alta nas vendas, 24% projetam estabilidade e apenas 3% acreditam em queda. O maior otimismo foi registrado entre lojistas especializados em tintas, com 77% apostando em aumento na procura.
Vendas de fabricantes para lojistas também reagem
O estudo também avaliou o sell-in, ou seja, a venda dos fabricantes para os lojistas. Em maio, esse indicador cresceu 13% em relação a abril, revertendo a retração de 6,4% registrada entre março e abril. Já os preços do setor registraram alta leve, de 0,5% no período.
Por outro lado, o otimismo em relação às ações do governo federal recuou. Segundo o Termômetro, o índice de confiança caiu de 58% em janeiro para 29% em abril. O pessimismo, por sua vez, aumentou de 16% para 38%.



