Motoristas do Uber de vários países, incluindo EUA e Reino Unido, prometem fazer uma paralisação, amanhã, por melhores condições de trabalho.
A greve é uma resposta ao início das negociações das ações da empresa na Bolsa de Nova York, prevista para sexta-feira. A expectativa é de que as ações sejam avaliadas entre US$ 44 e US$ 50, levando o valor da empresa para próximo de US$ 90 bilhões.
Entre as 7 e as 9 da manhã do dia 8, quarta, motoristas dos aplicativos Uber e Lyft em Nova York, Chicago, Los Angeles e São Francisco vão parar seu trabalho, segundo o New York Taxi Workers Alliance, sindicato que reúne motoristas de táxi e aplicativos. Profissionais de cidades do Reino Unido como Londres, Birmingham e Glasgow também aderiram à paralisação.
A paralisação deve acontecer na manhã de amanhã e incluirá também motoristas do aplicativo Lyft, que abriu seu capital no último mês de março. Nova York, Chicago, Los Angeles e São Francisco são algumas das cidades que participarão do protesto, segundo o sindicato que reúne motoristas de táxi e aplicativos em Nova York.
Entre as demandas anunciadas pelo sindicato estão segurança do emprego; melhores salários, com o fim do cálculo antecipado do preço das viagens; e uma regulação da tarifa, com pelo menos 80% do valor da corrida garantido aos motoristas.
Em seu pedido de abertura de capital enviado à Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC), a empresa citou a insatisfação de seus motoristas como fator de risco. Para a companhia, essa insatisfação deve aumentar, tanto pelo investimento em carros autônomos quanto pela redução nos incentivos para os parceiros. O mesmo documento mostra que, em 2018, o Uber faturou US$ 959 milhões no Brasil, ou cerca de R$ 3,8 bilhões.