O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender as medidas tomadas pelo seu governo para o combate da pandemia do novo coronavírus, a qual classificou como o maior desafio de sua gestão. Durante um evento realizado pela emissora de TV ABC News na Filadélfia, na noite da terça-feira, 15, com eleitores indecisos quanto ao voto na eleição presidencial de novembro, Trump disse que não minimizou a covid-19, embora tenha dito ao jornalista Bob Woodward anteriormente que o fez intencionalmente. “Eu não subestimei (a doença). Na verdade, de várias maneiras eu a superestimei, em termos de ação. Minha ação foi muito forte”, afirmou Trump.
Trump também voltou a citar a origem chinesa do vírus, sugerindo que o governo do país asiático não atuou para controlar a doença. O presidente disse ainda que não pode mais ver acordo comercial com o país asiático com o mesmo orgulho “por causa do horror desta doença que realmente poderia ter sido interrompida na fronteira”.
“Trabalhamos muito na pandemia. (O vírus) veio da China. Eles nunca deveriam ter deixado isso acontecer. E se você olhar o que fizemos com ventiladores e agora, francamente, com vacinas – estamos muito perto de ter uma vacina…”, disse Trump. O presidente americano sugeriu novamente que a vacina virá antes das eleições. “A administração anterior levaria talvez anos para ter uma vacina por causa da FDA (agência reguladora de alimentos e remédios) e todas as aprovações. E estamos a semanas de obtê-la, pode levar três semanas, quatro semanas.”
Ainda no âmbito da pandemia, Trump foi questionado sobre o fato de não usar máscaras, apesar da comprovação científica de sua eficácia para evitar a propagação do vírus. “Bem, eu as uso quando preciso e quando estou em hospitais e outros locais”, respondeu Trump. Na sequência, ele criticou o candidato democrata, Joe Biden, que pediu a todos os governadores que definissem a obrigatoriedade do uso de máscara. “Agora, há, aliás, muitas pessoas que não querem usar máscaras. Muitas pessoas pensam que máscaras não são boas”, afirmou.