Como pode um dos times que mais cria no Campeonato Paulista da Série A-4 ter o pior ataque da competição?
Mesmo jogando no esquema tático 4-3-3, o Galo só marcou dois gols, um deles de pênalti, e detém essa marca negativa. O Jabaquara é o segundo pior ataque, com três gols.
O técnico Ângelo Foroni tem a explicação. “Meu time cria de cinco a oito chances reais por jogo e não marca. E não é falta de treinar. Vou focar exaustivamente em finalizações. Um hora vai ter que entrar”, disse.
Foroni disse que o Independente já era para estar no G-8 (grupo dos classificados) se soubesse aproveitar as chances criadas.
Desde que assumiu o Independente antes da partida contra o Audax, o ataque alvinegro finalizou 15 vezes, cinco delas na trave. Os goleiros adversários impediram cinco chances reais. Outras cinco bolas foram para fora. Tem também o pênalti perdido contra o Audax aos 51 minutos do 2º tempo.
No empate contra o América no meio de semana, o Independente mandou no primeiro tempo, mas só fez um gol e ainda por cima, de pênalti. Israel e Guerron perderam gols feitos. Teve a bola na trave também de Diego Costa.
Outro problema são as contusões. O meia Mael, recém-chegado ao clube, sentiu no aquecimento e não jogou. João Jesley entrou em seu lugar e foi substituído no primeiro tempo, alegando lesão.
Israel, principal jogador do Independente, também deixou o campo machucado na primeira etapa. Os três são dúvidas para a partida contra o Taquaritinga, sábado, ás 19h, no Pradão.
Com a derrota do SKA, em casa, para o Vocem por 1 a 0, o Independente deixou a zona do rebaixamento.
Ângelo Foroni aproveitou também para elogiar as estreias do goleiro Felipe Gama (um dos melhores em campo) e do zagueiro Júnior Negão, formado nas categorias de base do Vasco da Gama.
“São jogadores acima da idade que vão nos ajudar muito na sequência da Série A-4. Tirando a falha no gol de empate contra o América, nossa defesa se portou muito bem. Treinei muito essa batida de falta para a área e mesmo assim, levamos o gol”.