A Suzano registrou no primeiro trimestre de 2025 (1T25) a maior receita líquida para o período em sua história, com R$ 11,6 bilhões em vendas — um crescimento de 22% em relação ao mesmo intervalo de 2024. O desempenho supera o antigo recorde, alcançado em 2023, de R$ 11,3 bilhões.
O resultado foi impulsionado por fatores estratégicos e operacionais, como a valorização do dólar frente ao real, o aumento no volume de vendas de celulose com o início das operações da nova fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS), em julho de 2024, e a aquisição de fábricas de papelcartão nos Estados Unidos, concluída no fim do ano passado.
Mais de 3 milhões de toneladas vendidas
No total, a Suzano comercializou 3,1 milhões de toneladas no trimestre — crescimento de 12% na comparação anual. As vendas de celulose somaram 2,7 milhões de toneladas, enquanto os papéis atingiram 390 mil toneladas, com alta de 10% e 25%, respectivamente.
Apesar de uma concentração de paradas programadas para manutenção em importantes unidades, como Três Lagoas (MS), Mucuri (BA), Aracruz (ES) e também a nova unidade de Ribas do Rio Pardo, os impactos foram compensados pelo desempenho das novas operações.
Lucro contábil de R$ 6,3 bilhões
O EBITDA ajustado da companhia alcançou R$ 4,9 bilhões, alta de 7% frente ao mesmo período de 2024, enquanto a geração de caixa operacional foi de R$ 2,6 bilhões (+5%). O lucro líquido contábil fechou em R$ 6,3 bilhões, influenciado principalmente pela variação cambial sobre a dívida e operações de hedge.
“Entregamos mais um trimestre com resultados fortes e dentro do planejado. Intensificamos o foco em aumentar a competitividade e a resiliência da companhia, garantindo geração de caixa em qualquer cenário de preço ou câmbio”, afirmou o CEO da Suzano, Beto Abreu.
Investimentos e retorno aos acionistas
A relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado, medida em dólares, encerrou o trimestre em 3 vezes. A companhia também destacou investimentos de R$ 3,6 bilhões em manutenção, modernização e expansão dos ativos, além do pagamento de R$ 2,2 bilhões em juros sobre capital próprio aos acionistas.
Com a performance, a Suzano reforça sua posição como maior produtora mundial de celulose e avança no objetivo de fortalecer sua presença global e reduzir a alavancagem ao longo de 2025.