A partir desta semana, está suspensa a queima da palha da cana-de-açúcar no estado de São Paulo entre 6h e 20h, com validade até 30 de novembro. Além disso, em dias em que a umidade relativa do ar estiver abaixo de 20%, a Cetesb poderá proibir a atividade em qualquer horário, como forma de reduzir riscos ambientais durante a estiagem.
A nova determinação foi publicada pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e se aplica mesmo às empresas que já têm autorização vigente para a queima.
Controle busca proteger qualidade do ar
Segundo Adriano Queiroz, diretor de Controle e Licenciamento Ambiental da Cetesb, o objetivo da medida é conter o aumento da poluição atmosférica e evitar incêndios em períodos críticos do clima.
Se a umidade estiver entre 20% e 30% por dois dias seguidos, a queima também será suspensa durante o dia, liberada apenas à noite, entre 20h e 6h.
Queima da palha já caiu mais de 99% no estado
A prática de queimar a palha da cana já foi comum no estado, atingindo áreas equivalentes a 1,5 milhão de campos de futebol por safra. Hoje, a realidade é outra: menos de mil hectares foram autorizados para queima na safra 2023/2024, o que representa uma redução de 99,9% em relação ao pico de 2010.
A previsão é que até 2030 a queima seja eliminada completamente, inclusive em áreas com exceções. Atualmente, o uso do fogo é permitido somente em locais com declividade acima de 12% ou em pequenas propriedades com até 150 hectares, onde a mecanização ainda é inviável.
Monitoramento contínuo
A fiscalização será feita dentro da Operação SP Sem Fogo, que reúne ações integradas da Cetesb, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, DER e outras secretarias estaduais.
O controle é feito em três fases – verde, amarela e vermelha – e o nível de restrição varia conforme as condições climáticas e ambientais de cada região.
