O Governo do Estado de São Paulo anunciou nesta terça-feira (5) a declaração de emergência em saúde pública devido ao aumento significativo de casos de dengue. A medida foi recomendada pelo Centro de Operações de Emergências (COE) após o estado registrar 300 casos da doença por 100 mil habitantes na última segunda-feira (4). Este decreto possibilitará a implementação de ações mais rápidas e o recebimento de recursos adicionais do governo federal.
Os municípios paulistas, com base em sua situação epidemiológica, poderão adotar a emergência localmente. A secretária de Estado da Saúde em exercício, Priscilla Perdicaris, enfatizou que o decreto integra um plano de ações previamente estabelecido visando fornecer suporte aos municípios e à população. Os esforços se concentrarão na luta contra o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue.
O estado e os municípios utilizarão os fundos federais principalmente para a compra de equipamentos de nebulização, contratação de pessoal e expansão da capacidade de atendimento. Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, destacou a importância do monitoramento prévio que permitiu antecipar e mitigar o impacto da doença.
Regiane de Paula, coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), apresentou um plano de ação técnico baseado em experiências anteriores e ciência para orientar as intervenções nos principais eixos de controle da dengue e outras arboviroses.
Até o momento, 131 municípios registraram mais de 300 casos por 100 mil habitantes, e 22 já decretaram emergência. O estado implementou diversas medidas, como treinamento de agentes de saúde, ações educativas, criação de ferramentas online para monitoramento da doença, e campanhas publicitárias.
O Plano Estadual de Contingência das Arboviroses Urbanas, estabelecido em 2023, tem sido fundamental no combate à dengue, evidenciado pela capacitação de profissionais e pela criação do COE. Estas ações demonstram o compromisso do estado em controlar a propagação da dengue e proteger a saúde pública.