A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou, nesta segunda-feira (6), que quatro primatas em Ribeirão Preto testaram positivo para febre amarela, segundo exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL). Em resposta, 55 mil doses da vacina contra a doença foram enviadas para o Grupo de Vigilância Epidemiológica de Ribeirão Preto, com orientações de vacinação seletiva para a população ainda não vacinada na área afetada.
A confirmação de febre amarela em macacos, chamada de epizootia, ativou protocolos de vigilância em saúde. As autoridades reforçam que os macacos não transmitem a febre amarela para humanos. O contágio ocorre por meio de mosquitos silvestres, comuns em áreas de mata e rurais.
A vacinação segue como a principal forma de prevenção, estando disponível em todos os postos de saúde do estado. Desde 2017, o esquema vacinal adotado no Brasil prevê apenas uma dose para proteção ao longo de toda a vida. A imunização é essencial para moradores de áreas de risco ou turistas que pretendem visitar zonas de mata, acampamentos e trilhas. É recomendado que a vacina seja aplicada ao menos 10 dias antes da exposição ao ambiente de risco.
Os macacos atuam como sentinelas para a vigilância da febre amarela, indicando a circulação do vírus em regiões silvestres. Por isso, em caso de identificação de primatas mortos ou doentes, é crucial informar as autoridades sanitárias ou o controle de zoonoses do município para investigação e medidas preventivas.
Sintomas e cuidados
A febre amarela é uma doença infecciosa grave. Seus sintomas iniciais incluem febre súbita, calafrios, dores intensas no corpo e na cabeça, náuseas, vômitos e fraqueza. Em casos mais graves, pode levar a insuficiência hepática, hemorragias e óbito.
“A vacina da febre amarela tem um período de 10 dias para criar anticorpos. Por isso, quem for viajar para zonas de mata deve se imunizar o quanto antes”, ressalta Regiane de Paula, coordenadora de Controle de Doenças (CCD/SES-SP).
Informações úteis
A vacina está disponível nos postos de saúde e é gratuita. Em caso de viagens para áreas com recomendação de vacina, procure imunizar-se com antecedência. Denúncias sobre macacos mortos ou doentes devem ser feitas diretamente às autoridades sanitárias locais.