O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano de Limeira (Sindttrul), Alex Aparecido de Oliveira, disse aos vereadores da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara Municipal de Limeira que os funcionários da SOU Limeira teriam sido ameaçados por demissões e pela possibilidade de não receberem o vale-alimentação, por isso fizeram a paralisação do transporte público no dia 17 de junho. Oliveira participou da reunião da comissão na quinta-feira (24).
A paralisação aconteceu no mesmo dia em que haveria a continuação da sessão ordinária na Câmara de Limeira, onde aconteceria a votação da proposta de um subsídio para socorrer o transporte até o final do ano. O sindicalista afirmou que, diante da ameaça, os trabalhadores resolveram paralisar o serviço. “Falei (aos trabalhadores) que a gente não participava do que aconteceu, falei que eles estavam sendo usados como massa de manobra, porque teria uma votação na Câmara e expliquei tudo a respeito dos valores”, ressaltou Oliveira.
A votação terminou com a rejeição do projeto, após uma manobra dos vereadores que se opunham ao subsídio.
Em seguida à paralisação, os dirigentes do sindicato fizeram um boletim de ocorrência na Polícia Civil, com a intenção de preservar a entidade. “Justamente porque partiu da empresa, eu não sei se eles conversaram com a Prefeitura, porque eu acho que houve ordem da Prefeitura também para que fizessem isso”, disse Oliveira durante a reunião com os vereadores. “Todo mundo sabe que foi ela quem colocou o caldeirão para ferver”, afirmou. Ele explicou ainda que a Prefeitura pediu à Justiça do Trabalho a volta das atividades, mas a empresa não fez o mesmo pedido ao Judiciário. “Normalmente, são as duas”, falou como exemplo da situação incomum que foi a interrupção.
Sobre o projeto, o sindicalista afirmou que seria importante reverter o valor do subsídio para pagar as dívidas trabalhistas aos ex-funcionários da Rápido Sudeste e da Viação Limeirense, assim como emendas do vereador Ceará (Republicanos) propunham.