O Sindeguarda (Sindicatos dos Guardas Civis Municipais de Limeira e Região) se posicionou nesta terça-feira (3) a respeito do acidente envolvendo uma viatura da GCM e uma automóvel, no Parque Hipólito, conforme foi mostrado aqui no Rápido no Ar.
Em nota, o sindicato lamentou a morte dos dois ocupantes do carro, que colidiu com a viatura da Romu (Ronda Ostensiva Municipal) da GCM (Guarda Civil Municipal) de Limeira, no final da tarde de segunda-feira (2), no Parque Hipólito, em Limeira.
O relato reforça também que o acidente foi causado pela perseguição que era realizada pelos agentes, que estavam no cumprimento do dever. E ressalta que esse tenha sido, talvez, o mais duro golpe que a GCM já sofreu em sua história.
A nota ainda pede que tudo seja feito em favor da verdade e que o caso seja investigado com profundidade. Além de lembrar a todos que a culpa é dos criminosos que fugiram da abordagem da corporação.
Leia a nota na integra:
NOTA SOBRE O ACIDENTE
Limeira está chocada com o acidente ocorrido na tarde de ontem, no Parque Hipólito, envolvendo uma viatura da Guarda Civil Municipal e um automóvel Gol. A morte de dois ocupantes do automóvel deixou toda a cidade em luto, diante da violência da colisão, com seus danos materiais e humanos. Mas, certamente, ninguém está mais entristecido que a própria Guarda Civil Municipal.
O acidente que vitimou estas duas pessoas, ocorreu durante uma ação da corporação no combate ao crime. Era a perseguição de suspeitos de tráfico de drogas, uma mazela que assola nosso município e tem na GCM seu grande inimigo. Um problema grave na região em questão: destruindo famílias e asfixiando a comunidade. Sim, o acidente foi causado por esta perseguição. Por três valentes Guardas Civis Municipais, que no cumprimento do dever acabaram por colidir a viatura contra vítimas inocentes. Vidas que não voltam mais, e representam talvez o mais duro golpe que a GCM já sofreu em sua história. Perdas que consideramos como sendo nossas.
E nosso coração não se acalma, quando se lembra de que cumpríamos nosso dever, no momento da colisão. A missão de preservar a vida é a nossa prioridade, fracassou diante da falha humana que poderia ter ocorrido com qualquer um. Mesmo um agente treinado para operações daquele tipo. Sim, somos humanos. E como tais, estamos em luto. Que a cidade possa lamentar seus mortos, e investigar com profundidade as razões do acidente. Equipamentos, homens e mesmo o trânsito da região – que tudo seja testado ao limite.
Que tudo seja feito em favor da verdade. A verdade. Mas que não caiamos no apelo fácil da culpabilização dos guardas. Lembremos que os verdadeiros culpados são os criminosos, no caso, estes que fugiram da abordagem da corporação. Certamente, estarão traficando em uma esquina qualquer, talvez a mesma onde duas vidas foram ceifadas.
A razão da fuga, para nossa tristeza, talvez nunca seja explicada, mas efetivamente motivou a tragédia. E é na defesa da comunidade que não desistiremos nunca, pois o crime não se abala, e nem se lamenta. O SindeGuarda presta total solidariedade às duas vítimas desta terrível colisão, e aos agentes que nela se envolveram no estrito cumprimento do dever. É nossa missão trabalhista, profissional e humana.
Rubens Carmos Bueno
Vice Presidente do SindeGuarda
