Interessada em disputar a eleição para a Prefeitura de São Paulo, em 2020, e com muitas resistências do PSL, a deputada Joice Hasselmann (SP), líder do governo Bolsonaro no Congresso, poderá deixar o partido para se filiar ao DEM.
Joice já teve reuniões para tratar do assunto não apenas com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas com a cúpula da legenda. O martelo só não foi batido porque depende de uma estratégia casada com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Pré-candidato à sucessão do presidente Jair Bolsonaro, Doria apoia oficialmente a campanha à reeleição do prefeito Bruno Covas (PSDB). O DEM tem o vice-governador, Rodrigo Garcia, e aguarda as definições de Doria para definir os próximos passos.
A vitória na capital paulista é vista como essencial para o projeto do governador, que em 2022 pretende enfrentar Bolsonaro e disputar o Palácio do Planalto.
Uma ala do PSDB pressiona Covas a desistir de sua candidatura, sob o argumento de que ele enfrenta muita rejeição e não consegue decolar. Nesse caso, os tucanos poderiam apoiar Joice, que é próxima de Doria.
“Eu confio no Bruno e sei do trabalho que ele está fazendo”, disse o governador. Nos bastidores, porém, há quem aposte em “traições” na campanha, caso Bruno Covas não abra mão de concorrer. Questionada sobre a intenção de se filiar ao DEM, Joice abriu um sorriso. “Eu recebi convite de cinco partidos. O DEM é um deles”, afirmou a deputada.