O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (11) a restrição dos horário de funcionamento de bares e restaurantes e a ampliação no caso do comércio de rua e de shopping centers. As medidas são adotadas ainda dentro da fase amarela da quarentena sob o Plano SP. Uma nova análise para possível reclassificação de fases nas regiões do Estado segue prevista para o início de janeiro.
A partir da 0h deste sábado (12), bares só poderão funcionar até as 20h. Restaurantes podem ficar abertos até as 22h, mas devem encerrar a venda de bebida alcoólica às 20h.
Já o comércio teve o período diário permitido para funcionamento ampliado de 10h para 12h, com obrigação de encerrar as atividades até as 22h. Em todos os casos, seguem valendo os mesmos protocolos de higiene e limite de capacidade, restrito a até 40% da ocupação dos locais.
Segundo a secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, a decisão de expandir o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais em 2 horas por dia foi tomada após consulta a representantes do setor e estudos científicos, como um compromisso para evitar aglomerações. A lógica é que a frequência de clientes ficará mais espaçada ao longo do dia.
O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, destacou que as medidas obedecem à constatação de um recrudescimento dos indicadores da pandemia de covid-19 e a uma mudança recente no perfil de pacientes.
Dados do governo paulista mostram que, de março a novembro, a faixa etária responsável pela maioria da demanda por leitos reservados ao tratamento da doença foi a de 55 a 75 anos. Nas últimas três semanas, contudo, foi a parcela da população com idade entre 30 e 50 anos que, em sua maioria, buscou os leitos.
“O jovem também pode adoecer e também pode morrer. Mas outro aspecto fundamental é lembrar o quanto ele é capaz de transmitir tanto para a sociedade quanto para sua própria casa, levando para os pais, avós”, afirmou Gorinchteyn. “Não aguardamos índices alarmantes para tomar medidas. Tomamos medidas de forma preventiva.”
Ele também ressaltou que jovens de 20 a 39 anos concentram 40% dos diagnósticos de covid-19 e respondem por 3,6% dos óbitos.