O governo de São Paulo anunciou a criação do Centro de Operações de Emergências (COE) para o enfrentamento ao Aedes aegypti e o repasse de R$ 228 milhões para os municípios no combate à dengue, chikungunya e Zika. A iniciativa foi apresentada pelo governador Tarcísio de Freitas nesta quinta-feira (23), no Palácio dos Bandeirantes.
Ações para conter a proliferação do Aedes aegypti
Com 31 municípios em estado de emergência, 29.604 casos de dengue e seis óbitos registrados até 22 de janeiro, São Paulo intensifica as ações de controle do vetor. O COE reúne diversas secretarias e órgãos, como Saúde, Defesa Civil e Meio Ambiente, além de contar com apoio do Exército e de secretários municipais de saúde.
O governo também planeja ampliar a infraestrutura de combate ao mosquito. Serão adquiridos mais 100 nebulizadores portáteis e 10 máquinas pesadas, totalizando 730 nebulizadores e 55 máquinas acopladas a viaturas.
Recursos financeiros para os municípios
O repasse anunciado de R$ 228 milhões será dividido igualmente entre a cota fixa do Incentivo à Gestão Municipal (IGM SUS Paulista) e recursos destinados diretamente ao enfrentamento da dengue. O secretário de Saúde, Eleuses Paiva, destacou que essa antecipação permitirá uma resposta mais rápida e eficaz aos surtos da doença nos municípios paulistas.
“O enfrentamento da dengue é uma ação conjunta entre o estado e os municípios. Desde o ano passado, adotamos medidas importantes e seguimos investindo em equipamentos e suporte técnico para as cidades”, afirmou Paiva.
Retorno do sorotipo 3 da dengue preocupa autoridades
Outro fator que agrava o cenário é a reintrodução do sorotipo 3 da dengue, identificado em 2023 após baixa predominância desde 2016. Por conta disso, uma parcela significativa da população está vulnerável, uma vez que não possui imunidade contra esse tipo do vírus. O clima favorável à proliferação do Aedes aegypti e a possibilidade de reinfecção aumentam o risco de casos graves.
O governador Tarcísio de Freitas enfatizou que o sucesso no combate à dengue depende do esforço conjunto entre o estado, as prefeituras e a população. Ele também destacou que a vacina do Instituto Butantan está em desenvolvimento, mas só deverá estar disponível em escala a partir de 2026.