O São Paulo terá de se superar, semana que vem, na Argentina, para continuar vivo na Libertadores. A equipe não começou bem as oitavas de final diante do Racing e o empate desta terça-feira por 1 a 1, no Morumbi, deixa o time de Hernán Crespo em situação complicada no torneio. Ao time argentino basta um empate sem gols em casa para avançar.
A história do jogo foi bem diferente em relação aos dois confrontos entre as duas equipes na primeira fase. Se na Argentina o São Paulo jogou mal, mas mostrou raça para empatar, e depois no Morumbi se deu ao luxo de usar um time reserva por causa da final do Campeonato Paulista, nesta terça-feira a partida era muito mais importante devido ao seu caráter decisivo e o time brasileiro não teve forças para se impor em casa. Por isso, o desempenho da equipe faz a torcida ligar o sinal de alerta para a partida de volta.
A ausência de tantos jogadores nesta terça-feira prejudicou demais o jogo do São Paulo, que não tinha William, Rigoni, Luciano e Miranda (machucados), Bruno Alves (suspenso) e Daniel Alves (com a seleção olímpica). O repertório de jogadas da equipe foi pobre. Ao Racing bastava congestionar o meio de campo para bloquear toda e qualquer investida do São Paulo.
O goleiro Arias, no entanto, desmontou a estratégia do time argentino com uma falha infantil ao tentar encaixar um cruzamento fraco, aos 34 minutos. Melhor para Vitor Bueno – que havia entrado minutos antes no lugar do lesionado Eder – e nem precisou de muito esforço para colocar o São Paulo em vantagem.
O gol provocou uma pane no sistema defensivo do Racing e o São Paulo teve em poucos minutos duas chances de ampliar. Primeiro, com Vitor Bueno e, depois, com Rodrigo Nestor.
A bem da verdade, porém, é que o São Paulo não fez um bom jogo e só chegou ao gol graças ao presente dado pelo goleiro do Racing. Tanto é que a equipe não conseguiu se manter durante muito tempo à frente do placar. O empate dos argentinos veio antes mesmo do intervalo, aos 45 minutos, em chute rasteiro de Copetti de fora da área que Volpi não alcançou.
No segundo tempo, Crespo renovou o fôlego do ataque do São Paulo com as entradas de Benítez e Gabriel Sara. As alterações, no entanto, não surtiram o efeito esperado porque o Racing avançou a marcação, deixou o São Paulo preso em seu campo defensivo e passou a levar o jogo em “banho-maria”. Para a equipe argentina, o empate estava de bom tamanho.
Não havia necessidade de o time arriscar.
Assim, o Racing trocava passes de lado e o São Paulo acabou aceitando o jogo do adversário. Não à toa, a melhor chance da etapa final foi do time argentino. Sorte do São Paulo que Mena, sem marcação e quase embaixo da trave, cabeceou por cima. Caso contrário o prejuízo seria bem maior.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 1 X 1 RACING
SÃO PAULO – Tiago Volpi; Diego Costa, Arboleda e Léo; Igor Vinícius, Luan, Liziero (Gabriel Sara), Welington e Rodrigo Nestor (Talles); Igor Gomes (Benítez) e Eder (Vitor Bueno, depois Marquinhos). Técnico: H. Crespo.
RACING – Arias; Sigali, M. Martínez (Novillo) e N. Domínguez; Cáceres (F. Domínguez), L. Miranda, Moreno, Piatti (M. Rojas) e Mena; Copetti (J. Correa) e Chancalay (Lovera). Técnico: Juan Antonio Pizzi.
GOLS – Vitor Bueno, aos 34, e Copetti, aos 45 do primeiro tempo.
ÁRBITRO – Jhon Ospina (COL).
CARTÕES AMARELOS – Mena, Diego Costa, Arboleda, Sigali e J. Correa.
LOCAL – Morumbi.
Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net.