Santo Antônio de Posse se tornou um exemplo regional no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A cidade é pioneira na análise laboratorial de larvas do vetor, procedimento que permite monitoramento mais preciso da infestação em bairros urbanos.
O trabalho é liderado pela biomédica Ana Amélia Longhi, que foi capacitada pela extinta SUCEN (Superintendência de Controle de Endemias) e segue com a metodologia ativa, mesmo após o fim das capacitações oficiais. Posse foi a quarta cidade da região a ser treinada — e é a única que mantém o trabalho em andamento até hoje.
A ação começa com as visitas dos agentes de endemias às residências. Caso sejam encontradas larvas, elas são cuidadosamente coletadas, acondicionadas em tubos com água e enviadas ao setor de Vigilância em Saúde, onde passam por análise microscópica.
Com base nesse diagnóstico técnico, a equipe consegue identificar com exatidão a presença e o grau de infestação do mosquito. Isso permite a tomada de decisão rápida para realizar bloqueios, nebulizações, mutirões de limpeza e campanhas educativas nos pontos mais afetados.
Saúde preventiva em primeiro lugar
Mesmo com o fim da SUCEN, a cidade manteve a estrutura e o conhecimento técnico. “Seguimos com um trabalho de excelência, buscando preservar a saúde da população e atuar de forma assertiva na contenção do mosquito”, afirmou Ana Amélia.
Com os casos de dengue crescendo em todo o país, a experiência de Posse é vista como modelo de vigilância ativa e preventiva, com potencial para ser replicado em outros municípios da região.