Cerca de 17,6 toneladas de lixo e sujeira foram retirados de ruas e pontos turísticos de Salto, no interior de São Paulo, depois que as áreas ribeirinhas foram atingidas pela enchente do Rio Tietê, no último fim de semana. Conforme balanço da Secretaria do Meio Ambiente, apenas no Parque das Lavras, uma das principais atrações, a quantidade de lixo atingiu 6 toneladas. Outras 2 toneladas foram coletadas no Complexo da Cachoeira, região central da cidade, onde fica o Memorial do Rio Tietê. As equipes recolheram mais de 9,6 toneladas de sujeira que ficaram depositadas na Rua 24 de Outubro, também no centro.
Conforme a pasta, a quantidade de material pode subir, após as pesagens que serão feitas com o término do serviço, já que ainda há lixo do Tietê a ser recolhido. No Parque do Lago, por exemplo, o acúmulo de lama e água impediu que a coleta fosse concluída. Embora o nível do Rio Tietê estivesse na média para esta época, com vazão de 300 m³ por segundo, o acesso ao Campo do Avenida continuava interditado. A Ilha dos Amores também estava interditada devido à queda parcial de um muro de arrimo.
No Parque das Lavras, as equipes precisaram lavar as construções históricas do lugar, como uma antiga usina de energia, devido ao acúmulo de lama. Embora grande parte do lixo seja de plásticos, latinhas e outros recicláveis, por conta da poluição, todo o material está sendo descartado em aterro sanitário.
Há anos a população de Salto sofre com a poluição e o lixo que chegam à estância turística trazidos pelo Rio Tietê, provenientes sobretudo da Região Metropolitana de São Paulo. Em 2014, funcionários de prefeitura tiveram de treinar rapel para escalar, com cordas, os paredões de granito e retirar cerca de dez toneladas de lixo depositadas entre as pedras, às margens do rio, no entorno da cachoeira que dá nome à cidade.