Roger cumpriu a sua promessa de que encerraria sua carreira de jogador. Mas o eterno camisa 9 continuará no futebol. O veterano aceitou o convite do CEO Enrico Ambrogini para ser o gerente da Internacional.
Em entrevista coletiva no Limeirão, Roger afirmou que só continuaria atuando se tivesse feito um Paulistão “fora da curva”, como ele mesmo citou, ou seja, disputando uma final e brigando pela artilharia.
“Sinto que poderia ter ajudado mais a Internacional. Sempre fui competitivo e aguerrido. Agora usarei essas características que sempre tive, na minha nova função”, comentou.
Roger agradeceu todos os clubes que passou, através dos presidentes, treinadores, preparadores físicos e gestores.
“Não esperava ficar tão emocionado da forma como estou. Mas valeu muito a pena. Realizei um sonho de menino que era ser jogador. Agora quero encarar essa nova fase. Sei que terei que me adaptar. É um processo de aprendizagem, principalmente na formação da equipe para a Série D do Brasileiro, no contato com os novos reforços e na administração da folha de pagamento. Mas estou motivado”, frisou.
Roger disse que foi vencido pelo cansaço da longa carreira. Afirmou que aceitou o convite para ser gerente pela organização da equipe limeirense.
“Vejo muito potencial de crescimento da Internacional. É um time que paga em dia, tem planejamento, não tem dívidas e está construindo um Centro de Treinamento. Vou trabalhar muito para entregar o meu melhor. Não faltará dedicação. Quero que a Inter se torne ainda maior”, ressaltou.
Roger sorriu quando lembrou da esposa, que sempre o apoiou. “Na sexta-feira passada eu trabalhei das 8h às 21h. No jantar ela me disse que era melhor eu voltar a jogar futebol, pois pelo menos eu não ficava o tempo todo no telefone. Mas faz parte. É um novo desafio”, completou.
Roger participou de 12 dos 13 jogos da Inter no Paulistão. Só foi poupado na derrota para o São Bento, em Sorocaba, por 2 a 1. Mesmo assim, ficou no banco de reservas incentivando seus companheiros.
Roger marcou dois gols pela Inter, ambos que valeram vitórias: 1 x 0 no Novorizontino, no Limeirão e 1 x 0 na Ponte Preta, em Campinas. Curiosamente, seu último gol como profissional foi justamente na Macaca, um dos times do seu coração e ainda por cima, no Moisés Lucarelli onde foi muito feliz.