Uma amizade que vai muito além. Em sua apresentação oficial nesta manhã no Limeirão, o centroavante Roger, de 35 anos, afirmou que o carinho, respeito e admiração pelo trabalho do técnico Thiago Carpini foram determinantes para seu acerto com a Internacional.
“Estou muito feliz por poder, enfim, ser comandado pelo Carpini. Sempre admirei sua forma de jogar. Ele gosta de times ofensivos, com muita posse de bola e isso facilita para nós, atacantes. Além disso, é muito inteligente. Basta lembrar como ele tirou o Guarani de um rebaixamento quase certo na Série B do Brasileiro do ano passado. Para quem não sabe, somos muito amigos. Morei inclusive com ele na Bahia”, confidenciou.
Roger disse que pretende fazer um grande Paulistão em 2021. “Não vejo a hora de estrear. Estou muito focado. Acredito no projeto e vamos atrás de alcançar nossos objetivos. Quero muito colocar a Inter em uma competição nacional no ano que vem”, disse.
Sobre sua saída do Operário/PR após oito jogos apenas na Série B, Roger afirmou que não estava feliz.
“Procurei o presidente para expor essa situação. Senti a falta da minha família. As viagens eram longas demais. A gente chegava a ficar três dias sem ver a família. Eu não estava feliz. Estava até sem vontade para treinar. Faltava prazer. Foi então que optei por rescindir o contrato. Queria relaxar. Já são 20 anos de carreira. Tem momentos na vida que precisamos tomar decisões como essa. São ciclos que abrem e se fecham”, contou.
Sobre a Inter, Roger disse que estará perto da família, que mora em Campinas.
“Quero voltar a competir em alto nível. Ser feliz novamente. Nunca tive problemas com meu preparo físico. Sempre me cuidei. Respeito o sono e a alimentação. Tenho feito academia, jogado meu futvôlei e seguido a planilha que o preparador físico Caio me passou. Quero chegar bem condicionado para o Paulistão”, destacou.
Roger acredita que sua contratação pode facilitar a chegada de novos jogadores para a Internacional.
“Claro que ajuda. Graças a Deus fiz um bom nome na carreira e passei por muitos clubes. Quando o jogador vê que eu estou aqui, que o projeto é sério, que o clube paga em dia e que a Inter vai construir um centro de treinamento, isso facilita muito. É por isso que estou confiante que podemos fazer um grande Paulistão”, justificou.
Roger disse inclusive que pode encerrar sua carreira na Internacional.
“Sei que o fim de aproxima, mas não quero pensar nisso agora. Quero me divertir nesses quatro meses de Internacional. Quero aquela resenha com os atletas, curtir a concentração e aprender mais. Lá para maio, quando terminar o Paulista, é que vou pensar no que farei, se ainda tenho condição de jogar mais um ano ou se realmente voi parar. Por enquanto quero pensar apenas no Paulistão e ajudar a Inter no que for preciso”, explicou.
Roger disse que se sente realizado pela carreira que fez.
“Ganhei dinheiro suficiente para cuidar da minha família. Fiz inúmeros amigos. Ganhei títulos e reconhecimento. Em qualquer lugar que eu for, sempre terei um amigo para me levar para jantar. Defendi mais de 20 clubes e deixei sempre as portas abertas por onde passei. Tive uma carreira limpa, de sucesso. Plantei o bem para colher o bem. Só posso dizer que sou muito feliz por tudo”, completou.