O dólar operou em queda nos primeiros negócios no mercado à vista nesta quinta-feira, diante dos mercados internacionais positivos, com a possibilidade de um acordo para elevar o teto da dívida americana até dezembro, o que alivia o risco imediato de um default. Os ajustes refletem devolução parcial de parte das altas recentes do dólar e das taxas futuras, sob influência da recuo predominante da moeda americana e alta das Bolsas no exterior.
Mas os juros dos Treasuries passaram a subir moderadamente com queda simultânea dos preços, após ficarem sem direção única na sessão anterior, com investidores à espera da pesquisa semanal dos EUA sobre pedidos de auxílio-desemprego (9h30) e de comentários de integrantes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que vem se preparando para começar a retirar estímulos monetários antes do fim do ano. Com isso, o dólar á vista passou a testar alta.
Para evitar demanda adicional por dólar, o Banco Central antecipou para hoje o inicio da rolagem dos contratos de swap cambial com vencimento em 3 de janeiro de 2022. Estão previstos vencimentos de 198.970 contratos, o equivalente a US$ 9,9 bilhões, que devem ser rolados integralmente. No leilão desta quinta, a ser realizado das 11h30 às 11h40, o BC irá ofertar até 15.000 contratos (US$ 750,0 milhões) de swap cambial tradicional
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falou mais cedo em evento do Banco de Compensações internacionais (BIS), sobre a criação de moedas digitais de BCs (conhecidas pela sigla em inglês CBDC), e não falou de política monetária. Afirmou que a criação de moedas digitais deve levar em conta a saúde do sistema bancário. “Quando desenhamos (essas moedas), temos que ter certeza que não vamos comprometer o sistema bancário”, afirmou durante painel do BIS sobre big techs e dados nas finanças.
“Precisamos construir uma solução que conte com isso”, acrescentou.
Às 9h30, o dólar à vista subia 0,12%, a R$ 5,490. O dólar para novembro ainda recuava 0,19%, a R$ 5,5080.