O Barcelona insiste, o Real Madrid sonda e a Juventus tenta seduzir o Paris Saint-Germain. O objetivo é único: contar com o futebol do atacante Neymar. O problema para os três gigantes e para qualquer outro clube do mundo que queira contar com o futebol do brasileiro nas próximas temporadas é que o PSG não aceita nem ouvir qualquer proposta para ceder o jogador por empréstimo, mesmo que exista uma cláusula de opção de compra após um período.
Os dirigentes da equipe francesa até estão dispostos a discutir uma eventual transferência do jogador, mas desde que seja feita uma oferta alta em dinheiro e, eventualmente, até com alguns jogadores fazendo o caminho inverso. De acordo o jornal Le Parisien, os cartolas do PSG tratam a questão com muito cuidado por respeito aos proprietários do clube, que em 2017 desembolsaram 222 milhões de euros (R$ 840 milhões na cotação da época) à vista para tirar o jogador do Barcelona.
Os dirigentes não têm motivos para facilitar a saída do jogador por quem fizeram o que foi chamado de uma série de “sacrifícios financeiros”. Entre eles estão o apoio dado à Fundação Neymar JR, com um contrato de parceria com o Banco Nacional do Catar, assinado em dezembro de 2018, além de vários privilégios para o atacante em relação a outros jogadores do elenco, como viagens ao Brasil, férias mais extensas e celebrações de aniversários.
A ideia do Barcelona ainda é a de contratar o seu ex-jogador nos mesmos moldes que o próprio PSG usou para adquirir o jovem atacante Kylian Mbappé, que jogava no Monaco e atuou na equipe de Neymar por uma temporada como “emprestado” para só ser efetivamente comprado nesta temporada. O contexto era diferente e o clube da capital francesa estava limitado pelo fair play financeiro. Assim, foi feita a cessão por empréstimo e compra automática após um ano.
Além disso, caso Neymar saia por empréstimo, é possível que o PSG tenha que gastar ainda mais dinheiro nesta temporada. Isso porque o clube, que ainda procura um goleiro de alto nível para seu elenco, terá que repor a perda do atacante com outro jogador do mesmo nível do brasileiro. E ninguém chegará à Paris por um salário baixo e um contrato por pouco tempo – o atacante argentino Paulo Dybala, da Juventus, é o que mais agrada aos franceses e por isso, caso a Juventus faça uma oferta que mescle dinheiro e o jogador, a tendência é o PSG aceitar.
Portanto, além do orgulho dos cartolas franceses, a complicada engenharia financeira de Neymar impedem que o PSG aceite negociá-lo por empréstimo. Pelo menos por enquanto.