O professor Plínio Barbosa de Camargo, que atua na parte ambiental do Cena (Centro de Energia Nuclear na Agricultura), de Piracicaba (SP), coletou amostra de água no rio Piracicaba que, neste sábado (30), está com uma coloração esverdeada. Plínio disse que recebeu um chamado do Gordo do Barco, que o alertou sobre a cor da água.
Estou acreditando que este verde é para um grande boom de algas, mas acho que não foram criadas aqui porque, se fosse por causa de calor e tivessem sido criadas aqui, meu questionamento ser o por que não apareceu já em dias anteriores. Para mim deve ter havido alguma abertura de comporta na represa de Americana onde ela, neste momento, se encontra com muita alga presente. Porém, vou fazer essa verificação”, explicou.
A presença da alga em si, de acordo com o professor, desde que ela esteja em movimento, ou seja, que passe pelo rio, ela não vai trazer malefício muito grande. “A presença da alga até oxigena o rio. O que não pode é ficar parada, porque aí sim pode crescer de mais e o problema surge a partir do momento em que ela morrer, porque vai criar muita matéria orgânica e prejudicar o rio retirando o oxigênio e causando mortandade de peixes”, acrescentou.
Plínio levou água do rio para analisar o oxigênio, que deve estar algo, o PH e o fator de condutividade elétrica que é o que vai apontar a quantidade de poluição. Se esse fator subiu demais poderá ser uma descarga ao longo do rio que tenha promovido esse boom de algas. “Mas, está tão intenso que deve ter vindo de cima”, observou o professor. Segundo ele, em até três dias essa coloração deve desaparecer e a cor da água voltar ao normal.