A Prefeitura de Limeira entregou à Polícia Civil, na tarde desta sexta-feira (1º), relatórios com informações complementares sobre as transações irregulares de cancelamentos de débitos fiscais (dívidas de IPTU) e transferências de titularidade de propriedades. Juntos, os relatórios somam 2.002 páginas com dados que permitirão ampliar a apuração dos crimes cometidos contra a prefeitura.
A confecção desse material, segundo o secretário de Segurança Pública e Defesa Civil, Wagner Marchi, representa mais uma importante manifestação de apoio às investigações e de transparência do atual governo, e ainda, atende à solicitação do delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira, Leonardo Monteiro Luiz.
A existência de uma possível organização criminosa – que atuava há pelo menos seis meses no Paço Municipal – foi denunciada à Polícia Civil pela própria Administração Municipal, por determinação do prefeito Mario Botion.
Dando sequência a esse trabalho, as secretarias de Fazenda e de Urbanismo e a iiBrasil (empresa que fornece o software do sistema tributário da prefeitura) elaboraram os relatórios encaminhados hoje à Polícia Civil. Os trâmites para o levantamento desse material foram orientados pelo secretário de Assuntos Jurídicos, Daniel de Campos.
Por parte da Secretaria de Fazenda, os documentos detalham informações sobre o cancelamento indevido de tributos. O levantamento da Secretaria de Urbanismo aponta as transferências de titularidade de imóveis realizadas ilegalmente. Por parte da iiBrasil, foram reunidas informações que especificavam os acessos feitos no sistema tributário de maneira igualmente irregular.
O secretário de Fazenda, José Aparecido Vidotti, destacou que os procedimentos internos de investigação iniciaram-se logo que as primeiras movimentações suspeitas foram detectadas. “A entrega desses relatórios mostra que as secretarias estão empenhadas para subsidiar às investigações da Polícia Civil com todas as informações possíveis”, salientou.
Até o momento, o trabalho da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Piracicaba resultou na prisão preventiva de nove pessoas. Outras três estão foragidas.