A Prefeitura de Piracicaba (SP) estará notificando o Ministério Público e a Prefeitura de Rio das Pedras para que tomem providências mais sérias e que possam impedir os descartes feitos através do córrego Tijuco Preto. É neste córrego que foi feito o derrame de carga orgânica e que causou uma imensurável mortandades de peixes, no último final de semana, no rio Piracicaba.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (10), durante reunião no gabinete do prefeito Luciano Almeida, que contou com representantes do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) e também da Cetesb (Companhia Estadual de Saneamento Ambiental).
Da parte da Cetesb está sendo elaborado um relatório cujo laudo laboratorial deverá estar pronto na próxima quarta-feira (17) e que vai confirmar se esse material partiu de uma usina que, supostamente, pode ter feito o descarte. Se for constatado, segundo a Cetesb, a sanção administrativa será aplicada com todo rigor.
Ainda durante esta reunião, o prefeito anunciou medidas urgentes para que não ocorra mais uma mortandade tão drástica de peixes como a que foi esta – a quarta no ano. “Vamos exigir que sejam feitas formas mais eficientes para que não ocorra mais esse tipo de problema e que sejam prontamente penalizados aqueles que tenham usado o córrego para ficar fazendo descartes”, destacou.
Outra medida, de acordo com o prefeito,, enquanto presidente do Comitê do PCJ, será propor a instalação de mais três pontos de monitoramento, as quais deverão ficar nos rios Atibaia, Jaguari e no córrego Tijuco Preto.
“Atualmente, temos duas estações sendo uma da Cetesb, na região de Ártemis, e outra do Semae (próximo à ponte do Mirante). Além da proposta de instalação das outras três, vamos autorizar a Cetesb a acessar a estação do Semae, para que rapidamente seja feita a identificação deste tipo de situação”, destacou.
O prefeito pediu, também, à Cetesb e aos órgãos responsáveis, que assim que se confirme a identificação de quem foi a origem desta matança de peixes neste final de semana, que haja responsabilização não somente por tudo o que terá que pagar, pelas leis, mas que seja exigido o repovoamento deste rio. “Que eles tragam, para nós, um volume de alevinos que ainda será estabelecido”, declarou.
Paralelamente a esta reunião, numa sala ao lado, houve um encontro entre um grupo que vai realizar a limpeza no rio, para acabar de retirar os peixes que não rodaram durante a chuva. A quantidade será registrada, mas, segundo o prefeito, isso deve corresponder a somente 10 a 20% dos que morreram.