A Prefeitura de Piracicaba (SP), por meio da Semuttran (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, Trânsito e Transportes) e da Semac (Secretaria Municipal da Ação Cultural), realizou nesta quarta-feira (20), nova ação de segurança aos motociclistas no trânsito com a entrega de 150 antenas corta pipa, no intuito de evitar acidentes com pipas que têm elementos cortantes em suas linhas, conhecidos como cerol ou linha chilena.
Por serem finas, essas linhas são de difícil visualização e capazes de perfurar a pele, provocando lesões e até morte. A ação ocorreu no bolsão de estacionamento da Estação da Paulista, na avenida Doutor. Paulo de Moraes, 1.580, das 9h às 11h, onde também houve teste de acuidade visual, para detectar anomalias da visão. No mês passado, ação semelhante foi realizada no mesmo local, com o intuito de tornar o trânsito mais seguro.
Por ser um brinquedo recreativo apreciado por crianças e jovens, a pipa, que utiliza a força do vento para voar, é principalmente usada nos meses de férias escolares, como dezembro e janeiro. Neste contexto, existe o “confronto” entre pipas, que tem como objetivo cortar e derrubar o brinquedo do outro e é por isso que diversas pessoas utilizam o cerol, uma mistura de cola com vidro moído ou limalha de ferro, e, ainda, a linha chilena, que chega a cortar quatro vezes mais que a linha com cerol e é feita de quartzo moído e óxido de alumínio.
Outro problema do uso do cerol e pó metálico é que eles são condutores de energia, portanto, aumentam as chances de choque elétrico ao entrar em contato com a rede de energia.
“A principal forma de se proteger contra a linha de pipa com cerol é instalando uma antena corta linha na moto. Essa antena é instalada no guidão ou no espelho e funciona como um anzol, onde a linha fica presa e é cortada, mesmo aquelas com cerol. Desse modo, é possível evitar que o motoqueiro se machuque. E esse foi nosso intuito, distribuir as antenas, conscientizar as pessoas e motociclistas e salvar vidas”, falou a titular da Semuttran, Jane Franco Oliveira.
Quem aprovou a ação de hoje foi Renata Bocatto Rodrigues, 52, que já disse ter sofrido com linha cortante. “Eu já tive o pescoço cortado com linha de cerol, portanto, sei como isso é complicado. Não aconteceu nada pior comigo, mas poderia ter acontecido, então essa iniciativa de distribuição das antenas, gratuitamente, colabora muito para a segurança do motociclista, ainda mais pra mim que uso a moto diariamente, pois trabalho com entrega de comidas”, falou.
“Os motociclistas estão muito vulneráveis no trânsito. Eu uso a moto como meio de locomoção pela cidade desde 1985, para minhas ações do dia a dia, então a antena é fundamental, porque com frequência vejo crianças e até adultos soltando pipas e no meio da rua, durante o trânsito, não temos como saber exatamente aquelas que têm cerol”, comentou o aposentado Osvaldo Celso Granello, 67.