A Prefeitura de Limeira realiza neste mês a campanha de orientação sobre a Hanseníase. Durante o período, informações sobre os sintomas e o tratamento da doença serão divulgadas nas unidades de saúde e também nos canais oficiais da prefeitura. Para fortalecer a campanha e enfatizar o Dia Nacional de Combate à Hanseníase, lembrado no dia 28 de janeiro, a fachada do Edifício Prada (Paço Municipal) será iluminada com a cor roxa na semana do dia 26.
De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, em Limeira, foram registrados 14 casos de hanseníase em 2016 e quatro casos em 2017. Neste ano, até o momento não houve confirmações. A hanseníase é uma doença crônica, causada pelo Bacilo de Hansen – descoberto em 1873 pelo médico norueguês Amaneur Hansen. A enfermidade atinge principalmente pele e nervos, e se não tratada, pode levar a sérias incapacidades físicas ou deformidades nas mãos, pés ou olhos.
Os primeiros sinais da doença são manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na pele, que não coçam, não causam dor e não incomodam. Em alguns casos, podem surgir sensação de formigamento e dormência nas áreas atingidas. “Em caso de sintomas suspeitos, a recomendação é procurar a unidade de saúde mais próxima. O paciente receberá as orientações e será encaminhado para um especialista. A hanseníase tem cura e todo o tratamento é oferecido pela rede de saúde pública do município”, explicou o diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari.
A doença é transmitida pela respiração. O contágio ocorre pelo convívio direto e prolongado, por meio da respiração de gotículas eliminadas no ar pela tosse, pela fala e pelo espirro de uma pessoa com hanseníase. Por esse motivo, após o diagnóstico é preciso fazer a investigação epidemiológica de todos aqueles que conviveram com o paciente nos últimos cinco anos.
REDUÇÃO DE CASOS
No Brasil, números divulgados em 2017 pelo Ministério da Saúde indicam redução de 34,1% de casos novos diagnosticados com hanseníase, passando de 43.652 diagnosticados no ano de 2006, para 28.761 no ano de 2015.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), referentes a 2014, apontam a existência de 175.554 pacientes em tratamento contra a doença no mundo, o que correspondente a uma prevalência de 0,25 por 10 mil habitantes. Desse total, 94% eram originários de 13 países: Bangladesh, Brasil, República Democrática do Congo, Etiópia, Índia, Indonésia, Madagascar, Mianmar, Nepal, Nigéria, Filipinas, Sri Lanka e República Unida da Tanzânia.
Mais informações podem ser obtidas na sede da Vigilância, que fica na Av. Ana Carolina Barros Levy, 650, no Centro. Telefones: 3442-5984 ou 3441-1914.