A Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura de Limeira orienta os criadores de herbívoros (bovinos, bubalinos, equinos, caprinos e ovinos) quanto à necessidade de prevenção à raiva, doença viral grave transmitida pelo morcego Desmodus rotundus. Para evitar a doença, a principal medida é a vacinação do rebanho, recomendada a partir de três meses de idade, com reforço após 30 dias, e a revacinação anual. A vacinação não é obrigatória no Estado de São Paulo, mas é recomendada quando houver risco de agressões por morcegos hematófagos.
Para prevenir a raiva em herbívoros, além da vacinação, a Secretaria ressalta a importância do controle do transmissor e dos focos da doença, bem como o trabalho de Educação Sanitária. É necessário inspecionar regularmente as instalações do rebanho para identificar possíveis abrigos de morcegos. A pasta destaca que outras espécies do animal devem ser preservadas, como aqueles que se alimentam de frutas, insetos, néctar e roedores, como forma de manter o equilíbrio ecológico.
A secretária de Meio Ambiente e Agricultura, Simone Zambuzi, salienta que não há registro de morcegos dessa espécie contaminados pela raiva na cidade. Mesmo assim, ela observa que a divulgação do tema é uma das estratégias solicitadas pela Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento aos municípios paulistas. “Com medidas de prevenção e de controle adequadas, podemos proteger o rebanho e a comunidade em geral”, enfatizou Simone.
O engenheiro agrônomo da pasta, Matheus Docema, esclarece que a raiva em herbívoros é diferente da raiva que acomete cães e gatos. Nos herbívoros, a doença se manifesta com sintomas de paralisia, queda, tremores, movimentos de pedalagem e dilatação da pupila. Ele informa, ainda, que o herbívoro doente não oferece risco de transmissão a outros animais, no entanto, pode transmitir a doença ao homem, devido à sua interação com animais enfermos. A raiva não tem cura e é fatal em 100% dos casos.
O cuidado com a higiene das instalações do rebanho é outro aspecto apontado pelo engenheiro como essencial para garantir a saúde dos animais. Ao lidar com animais doentes ou mortos, o tratador deve, obrigatoriamente, fazer uso de equipamentos de segurança, como luvas e máscaras. “Na ocorrência de casos suspeitos de raiva em seu rebanho, é importante notificar imediatamente o Serviço de Defesa Sanitária Animal e buscar orientação veterinária para realizar as ações de controle apropriadas”, reforçou Matheus.
A notificação de casos suspeitos e demais informações sobre a doença estão disponíveis no link: Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros