A Prefeitura de Limeira ofereceu um índice de 4,76% de reajuste salarial ao funcionalismo municipal. A proposta foi feita ontem (14) durante reunião da Mesa de Negociação que trata do dissídio coletivo da categoria. O percentual corresponde a variação do Índice de Preço do Consumidor Amplo (IPCA), de março de 2016 a fevereiro deste ano. “Fizemos uma análise rigorosa da situação financeira do município e chegamos no nosso limite para poder oferecer este índice”, afirma o secretário de Administração Luiz Alberto Battistella, que comandou as negociações em nome do atual governo municipal.
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Battistella e o secretário da Fazenda, José Aparecido Vidotti, disseram que o esforço para dar o reajuste implicará a administração em um “buraco financeiro” no mês de junho. “Chegaríamos a junho com um déficit de R$ 20 milhões em caixa. Com o que estamos propondo, esse valor saltará para R$ 30 milhões”, disseram.
Apesar da crise financeira vivida pela prefeitura, a administração ofereceu vários benefícios, alguns deles referentes as chamadas cláusulas sociais. O principal deles, na avaliação de secretários, diz respeito ao pagamento em dinheiro da licença prêmio – benefício que estava represado desde 2015.
A Prefeitura informou aos sindicatos presentes na Mesa de Negociação que a cada mês serão liberados R$ 200 mil para atender gradativamente aos pedidos. Desde 2015, 682 processos pleiteando o benefício estavam aguardando o pagamento. O valor total correspondente a esses processos chega a R$ 6.115.941,85.
Outro benefício oferecido pela administração municipal é o do reenquadramento dos servidores municipais. A situação envolve 1.620 servidores e 114 cargos. A situação resultará em um aumento médio de 3,21% no salário dos funcionários.
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Um outro benefício oferecido pela Prefeitura passa a garantir plano de saúde a funcionários com filhos acima de 18 anos que sejam universitários. São 141 servidores atualmente nesta condição.
Pela Prefeitura ainda estavam presente na mesa, os secretários Edison Moreno Gil (chefe de Gabinete), Francisco Alves da Silva (Segurança Pública) e Daniel de Campos (Assuntos Jurídicos), além da assessora executiva da Secretaria de Educação, Maura Aquilino Godoy Mazzei.
Estavam presentes representantes do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindsel), do Sindeguarda e da Apeoesp.
Inicialmente, as entidades indicaram que não aceitam o reajuste de 4,76%. Uma nova rodada de negociação foi marcada para a próxima quinta-feira (16)