A Prefeitura de Limeira, sob a gestão do prefeito Murilo Félix (Podemos), exonerou 469 cargos, sendo 265 comissionados e 204 funções gratificadas, conforme decreto publicado no Jornal Oficial do Município na quinta-feira (2).
A decisão atende à determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que declarou inconstitucionais diversos cargos e funções. Além disso, a atual gestão alega enfrentar uma dívida acumulada de R$ 530 milhões, segundo levantamento feito até novembro de 2024.
“Temos que cortar gastos. Esta é uma ação necessária. Estamos cumprindo uma decisão judicial e iniciando um trabalho para ajustar as contas públicas e garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficiente”, afirmou o prefeito Murilo Félix.
A crise financeira tem prejudicado a execução de serviços essenciais no município, de acordo com Murilo. Entre as principais situações destacadas pela Prefeitura estão:
- Coleta de lixo: a empresa responsável não recebe pagamentos desde julho de 2024;
- Corte de mato: com pendências financeiras desde o mesmo período;
- Santa Casa de Limeira: pagamentos atrasados, dificultando o atendimento.
“Todos os contratos estão sendo revisados. Se não cortarmos agora, a situação irá piorar e se tornará irreversível”, acrescentou o prefeito.
Reforma administrativa
Como parte do ajuste fiscal, Murilo Félix anunciou uma reforma administrativa, que inclui:
- Redução de salários de cargos comissionados;
- Revisão de contratos municipais, com foco na eficiência;
- Reestruturação da gestão pública para priorizar serviços essenciais.
“A reestruturação é um passo necessário para otimizar recursos, reduzir despesas e criar uma gestão mais eficaz para Limeira”, concluiu o prefeito.
Próximos passos
A administração municipal afirma que novas medidas de austeridade serão implementadas nos próximos meses para controlar os gastos e reorganizar as finanças públicas.