O Governo do Estado vai doar ao Município o prédio histórico da Praça Frei Baraúna, espaço onde já funcionou a Oficina Cultural Regional Grande Otelo. O prefeito Rodrigo Manga concedeu entrevista à imprensa, nesta quarta-feira (15), em frente ao imóvel, para anunciar a conquista. Já, à tarde, o chefe do Executivo se reuniu com o vice-governador, Rodrigo Garcia, o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marcos Vinholi, a deputada estadual Maria Lúcia Amary e o deputado federal Vitor Lippi, em São Paulo (SP), para alinhar detalhes burocráticos da transferência da propriedade do prédio à Prefeitura, que deve ser concluída em cerca de 20 dias.
“Essa é uma vitória da cidade de Sorocaba e de toda população. Desde janeiro deste ano, estamos buscando a melhor solução, junto ao Governo do Estado, para devolver esse importante patrimônio histórico ao cidadão sorocabano. Foram várias tratativas. Já fiz essa solicitação, pessoalmente, junto ao vice-governador, Rodrigo Garcia, e, agora, graças também ao empenho e intervenção da deputada estadual Maria Lúcia Amary e da mobilização da população, Sorocaba recebe essa notícia tão importante, atendendo ao anseio do povo. Estamos muito felizes”, destaca Rodrigo Manga.
O prefeito concedeu entrevista à imprensa, ao lado dos secretários municipais Luiz Antonio Zamuner (Cultura), Marcio Carrara (Educação), Samyra Toledo (Governo), Fernanda Burattini (Comunicação), Luiz Henrique Galvão (Relações Institucionais e Metropolitanas), Darwin José de Almeida Rosa (Serviços Públicos e Obras) e a coordenadora do Centro de Aceleração Desenvolvimento e Inovação (Cadi), Jessica Pedrosa.
Imponente, o antigo imóvel da Oficina Cultural Regional Grande Otelo possui uma área total de 1.300 metros quadrados. Com arquitetura preservada, o prédio é o atrativo mais destacado da Praça Frei Baraúna.
Uma comissão será formada nos próximos dias, com a participação de secretários municipais, para tratar e definir, de forma coletiva, qual será a utilização do espaço, que servirá, da melhor maneira, a população sorocabana. “Esse é um patrimônio da cidade. Em princípio, a nossa ideia é que o prédio seja usado pela Cultura e pela Educação. A ideia é valorizar essa região e que ainda sejam realizadas atrações culturais na praça, com a presença das famílias sorocabanas, trazendo vida a este local”, completou Rodrigo Manga.
Após a formalização da doação do prédio ao Município, a Prefeitura de Sorocaba dará início à revitalização do imóvel e da Praça Frei Baraúna. A proposta é realizar essas melhorias em parceria com a iniciativa privada, com recursos próprios e, ainda, por meio da captação de recursos de emendas de deputados estaduais e federais. A expectativa é que, após o início das obras, os serviços no imóvel sejam concluídos em oito meses.
Já, a Praça Frei Baraúna ganhará serviços de paisagismo, melhorias no piso e nos bancos, além da substituição das lâmpadas de vapor de sódio da iluminação pública por lâmpadas de LED, promovendo eficiência energética e economia.
O prefeito também anunciou que dará início à Operação Delegada em Sorocaba, que permitirá a atuação de policiais militares, nos horários livre da escala de trabalho, como agentes do serviço público municipal, sendo devidamente remunerados para isso pelo Poder Público local. Com isso, a Prefeitura de Sorocaba também garantirá a segurança do espaço. No momento, o Governo do Estado mantém uma empresa privada de segurança no prédio.
Histórico do casarão
Construído em 1940 para abrigar o Fórum da Comarca de Sorocaba, o imóvel foi tombado em 2012, pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico de Sorocaba (CMDP), com grau de preservação 1, por meio do decreto nº 20.334, de 13 de dezembro de 2012, e pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), em 2018.
Em 1994, foi transformado pelo Governo Estadual em Oficina Cultural. O nome da unidade homenageia o ator cômico Grande Otelo (Sebastião Bernardes de Souza Prata), famoso pela parceria com Oscarito na época de ouro das chanchadas. A unidade teve sede no espaço até 2014, quando, então, teve início a obra de restauro, que teve que ser interrompida em 2015.