A recente mortandade de peixes no rio Piracicaba, atribuída a poluentes agroindustriais descartados irregularmente, atingiu o Tanquã, conhecido como “minipantanal paulista”. A Prefeitura de Piracicaba informou que iniciará nos próximos dias a remoção dos peixes mortos na região, contratando emergencialmente uma empresa especializada para minimizar os danos ambientais.
Ação Rápida e Investigação
Desde a manhã de 07/07, a Prefeitura tem monitorado a situação após o Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) detectar alterações na oxigenação da água. A Cetesb, acionada de imediato, identificou o descarte ilegal de resíduos industriais no ribeirão Tijuco Preto pela Usina São José, de Rio das Pedras.
Força-Tarefa e Medidas de Mitigação
No dia 11 deste mês, uma força-tarefa recolheu 2,97 toneladas de peixes mortos na área urbana de Piracicaba. A equipe envolveu várias secretarias municipais, a Defesa Civil e a Polícia Militar Ambiental, entre outras instituições. Os resíduos foram descartados corretamente para evitar contaminação adicional.
A Prefeitura acionou o Ministério Público e solicitou à Cetesb a instalação de novas estações de monitoramento nos rios Atibaia, Jaguari e no ribeirão Tijuco Preto. O laudo final da Cetesb, previsto para os próximos dias, determinará as punições para a Usina São José, incluindo multas e possíveis acusações de crime ambiental.
Novo caso no Tanquã
Ontem (15), técnicos da Cetesb constataram que a mancha de efluentes chegou ao Tanquã, reduzindo drasticamente o oxigênio dissolvido na água e provocando nova mortandade de peixes. A Prefeitura continua monitorando a qualidade da água e planeja exigir o repovoamento do rio com a soltura de alevinos.