A Polícia Civil identificou o homem apontado como cúmplice do assaltante que atirou e matou Beatriz Munhos, de 20 anos, durante uma emboscada no bairro Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, no último sábado (1º). O suspeito pilotava a motocicleta usada na fuga e aparece nas imagens de câmeras de segurança levando o comparsa que efetuou o disparo.
Segundo o delegado Walter Sérgio de Abreu, da 8ª Delegacia Seccional, o suspeito foi reconhecido por uma das vítimas e já possuía antecedentes criminais por roubo. A Justiça decretou prisão temporária contra ele, mas o homem ainda não foi localizado. O nome e a foto não foram divulgados.
As investigações apontam que Beatriz, o pai e o namorado foram vítimas de um golpe de estelionatários que fingiram interesse em comprar um drone anunciado pela internet. O suposto comprador exigiu que a entrega fosse feita pessoalmente, prometendo o pagamento via PIX.
A família saiu de Sorocaba, no interior paulista, e foi até a capital para a entrega. Ao chegarem ao ponto combinado, na Rua Professor Fonseca Lessa, foram surpreendidos por dois homens em uma motocicleta. A abordagem terminou de forma trágica.
Durante o assalto, Beatriz reagiu usando spray de pimenta, na tentativa de afastar um dos criminosos. O garupa atirou, acertando a cabeça da jovem, que morreu no local. O pai e o namorado presenciaram o crime.
O delegado Walter Abreu classificou o caso como uma emboscada planejada. “Está claro que foi uma puxada, uma ação premeditada para atrair a vítima até o local do crime”, afirmou. Ele também orientou a população a não realizar negociações em locais isolados e a preferir ambientes públicos e movimentados, como shoppings e estacionamentos.
Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos na noite de domingo (2), mas o piloto da moto não foi encontrado. A polícia ainda tenta identificar o autor do disparo, que continua foragido.
Luto e comoção
A morte de Beatriz causou grande comoção nas redes sociais. O pai da jovem, Lucas Munhos, publicou um vídeo lamentando a perda da filha e pedindo justiça. “Minha filha foi proteger o namorado e acabou sendo assassinada. Que crueldade fizeram com a minha pequena”, desabafou.
A Polícia Civil segue investigando a participação dos dois criminosos em outros assaltos semelhantes na região, aplicando o mesmo tipo de golpe por meio de anúncios falsos de compra e venda.




