Investigadores da Polícia Civil de Limeira, do 1º Distrito Policial, prenderam na manhã desta quinta-feira (29), Carla Aparecida Félix Ribeiro, de 33 anos, pelos crimes de falsificação de documento particular, artigo (298) e falsificação de documento público, artigo (297).
A Polícia Civil começou a investigar o caso, após o gerente de uma loja que fica em um Shopping de Limeira, desconfiar da quantidade de atestados que as funcionárias estavam entregando. Todos os atestados eram carimbados e assinados por um massoterapeuta.
O gerente entrou em contato com o profissional da saúde que relatou que jamais teria emitido qualquer atestado médico. Preocupado, a vítima resolveu registrar um boletim de ocorrência, e os investigadores do 1º DP, começaram a acompanhar o caso.
Após as investigações, os policiais chegaram até a funcionária pública municipal que trabalha em uma creche, no bairro Belinha Ometto, em Limeira. Na casa dela, que fica no mesmo bairro, os investigadores encontraram um atestado falso em nome de uma mulher e assinado pelo mesmo médico, além de cinco receituários assinados pelo profissional da saúde, de medicamentos controlados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) – considerados medicamentos de tarja preta.
O massoterapeuta não reconheceu as assinaturas, porém confirmou que o carimbo utilizado pela mulher era idêntico ao dele. A funcionária pública confessou que comprava os documentos de uma pessoa na cidade de Rio Claro (SP), e após preenche-los, repassava de forma indevida para as pessoas que estivessem interessadas – “Não sabemos ainda mensurar o risco que isso poderia oferecer para sociedade, devido ao número de medicamentos que poderiam ser comercializamos de uma forma clandestina. Por este motivo, a identificação e a apreensão dos objetos feita na manhã de hoje é de extrema importância” – comentou o investigador de polícia Ricardo Alarcon.
Os policiais apreenderam também o carimbo que a mulher utilizava. Agora as investigações devem prosseguir e contar com o apoio da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do CRM (Conselho Regional de Medicina) para identificar as pessoas que compraram as receitas e atestados falsos.
A Polícia ainda não tem uma estimativa do número exato de pessoas que possam ter comprado esses documentos. Inicialmente cinco funcionárias de uma loja do Shopping já foram identificadas. Todas elas e as demais pessoas que forem identificadas vão responder pelo crime de uso de documento particular falso, artigo (304).
A funcionária pública municipal foi presa e permanece à disposição da justiça.