São Paulo – A Polícia Civil anunciou uma reviravolta nas investigações do caso de um homem que foi brutalmente espancado e acabou falecendo no Guarujá, litoral de São Paulo. A vítima, identificada como Osil Vicente Guedes, de 49 anos, teria sido linchada no dia 3 de maio após a divulgação de uma notícia falsa que o acusava de roubo de uma motocicleta. No entanto, uma nova linha de investigação agora sugere que o crime pode ter sido encomendado.
De acordo com a polícia, um áudio enviado pela vítima aos seus familiares levantou suspeitas de que o espancamento teria motivações diferentes das inicialmente supostas. O delegado Rubens Eduardo Barazal Teixeira, da Polícia Seccional de Santos, descartou a hipótese de linchamento e afirmou que a investigação está concentrada em delinear a verdadeira motivação do crime.
“A motivação de ele ter sido o autor do furto de uma motocicleta e ter sido espancado em razão disso foi desconstruída. Essa hipótese foi descartada após a oitiva do proprietário da motocicleta e o surgimento de outros fatos durante as investigações”, declarou o delegado durante uma entrevista coletiva.
A nova linha de investigação sugere que a morte de Osil possa estar relacionada a problemas decorrentes de seu relacionamento com uma ex-namorada. Um áudio apresentado pela vítima à família revela que a ex-namorada teria sido responsável por uma sessão de espancamento anterior. Os celulares da ex-namorada foram apreendidos pela polícia, e ela poderá ser convocada para prestar um novo depoimento sobre o caso.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que todos os envolvidos e testemunhas já foram ouvidos, e o caso continua em investigação. Até o momento, três suspeitos foram identificados, sendo que um deles teve a prisão decretada pela Justiça.
As autoridades estão empenhadas em esclarecer os fatos e trazer justiça para o caso de Osil Vicente Guedes. O desdobramento das investigações revela a complexidade do crime e a importância de se analisar todas as informações disponíveis antes de se chegar a conclusões precipitadas.