A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana, em conjunto com a Vigilância Sanitária do município, realizou nesta quarta-feira (1º) uma operação em uma adega do Jardim Nossa Senhora de Fátima, onde foram apreendidos cerca de 600 litros de bebidas alcoólicas e diversos alimentos em situação irregular.
O proprietário do estabelecimento, um homem de 38 anos, não apresentou notas fiscais nem comprovou a origem dos produtos, sendo preso em flagrante por crimes contra as relações de consumo (Lei 8.137/90, art. 7º, inciso IX). Ele foi encaminhado à cadeia pública de Sumaré e colocado à disposição da Justiça.
Foram encontradas garrafas de cachaça, vodca e licores em desacordo com a legislação sanitária, além de cervejas, energéticos e sucos. A equipe também apreendeu alimentos sem rótulo, sem data de validade ou vencidos, além de doces artesanais e outros itens sem identificação.
O local foi interditado pela Vigilância Sanitária e os produtos descartados de forma adequada.
A operação ocorreu um dia após a polícia desmontar uma fábrica clandestina de bebidas também em Americana, no bairro Fazenda Santa Lúcia. No local, foram encontrados 17,7 mil itens adulterados, entre rótulos falsos, garrafas vazias e bombonas com álcool etílico. Um casal foi preso por pirataria.
Segundo a polícia, apesar da grande quantidade de material irregular, não foram encontradas evidências de uso de metanol — substância altamente tóxica que já provocou casos de cegueira e mortes no estado de São Paulo nas últimas semanas.
De acordo com o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional), o Brasil registrou até esta quarta-feira (1º) 41 notificações de intoxicação por metanol, sendo 37 em São Paulo e 4 em Pernambuco. Desses, 10 casos foram confirmados e 27 seguem em investigação.




