A Polícia Militar prendeu, na tarde do último domingo (9), 14 pessoas que estariam envolvidas em ‘tribunal do crime’. O grupo, que planejava a execução de um homem acusado de abusar de uma criança, foi capturado em uma propriedade rural em Sumaré.
Uma equipe do 48º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) foi acionada para atendimento de uma possível ocorrência envolvendo ‘tribunal do crime’ em uma chácara e imediatamente foi até o endereço apontado para averiguação.
No local indicado, os militares viram um homem fechando o portão, sendo que ao notar a presença da viatura, o suspeito correu para dentro da propriedade gritando aos comparsas que a polícia estava no local, sugerindo que a situação estava complicada.
Dentro da chácara os PMs flagraram outras 11 pessoas que também foram abordadas. Em um dos quartos foi encontrado um homem, com as mãos amarradas com corda e muito abalado – ele é acusado pelo grupo de abusar sexualmente da própria filha.
Ainda durante a fiscalização, também foram localizados no imóvel uma arma de fogo com numeração suprimida, com 12 munições intactas de calibre 9 mm. No terreno, os policiais ainda encontraram um buraco que se assemelhava a uma cova com escavação.
A vala, aparentemente recente, ainda estava com uma chibanca e uma enxada ao lado. Dentro da moradia também foram encontradas uma machadinha, uma serra, um soco inglês, uma faca. Além das ferramentas, foram apreendidos 11 celulares e R$ 500.
Mais prisões
Quando o atendimento estava sendo finalizados, os militares perceberam quando um veículo Renault/kwind acessou a rampa de entrada para entrar na chácara, porém, ao ver as viaturas, o veículo evadiu-se em alta velocidade sendo acompanhado por uma viatura.
A equipe realizou abordagem na altura da rua XV de Novembro. Em busca no veículo foi encontrado sob o banco do passageiro um revólver, o qual não teve sua posse assumida pelos ocupantes, que admitiram pertencer a uma organização criminosa.
Todos os envolvidos foram presos em flagrante e indiciados por constrangimento ilegal e associação criminosa. A Polícia Civil prossegue com as investigações para esclarecer ainda o possível abuso pelo qual a vítima estaria sendo julgada informalmente.