A Polícia Militar Ambiental de São Paulo foi convidada pelo governo argentino para apresentar as principais ações de fiscalização de biodiversidade no estado durante a Conferência Climática Internacional (CCI), na cidade de Córdoba.
O objetivo principal do evento, que teve início nesta terça-feira (1°) e será encerrado na quinta-feira (3), é criar uma agenda colaborativa para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para acontecer em novembro em Belém, no Pará.
A corporação tem sido exemplo devido aos feitos inovadores não só na fiscalização da biodiversidade, mas também na prevenção de desastres ambientais — especialmente com o uso da tecnologia de satélites — e no combate ao tráfico de animais.

“As mudanças climáticas já são uma realidade global que têm afetado a população drasticamente, então esse tipo de evento permite que apresentemos as soluções encontradas para a situação no estado de São Paulo e divulgar as nossas práticas, além de aprender com outras organizações também”, opinou o capitão Flávio Sukatis.
Ele foi selecionado, junto com o major Jeferson de Souza, para apresentar as principais ações da PM Ambiental na conferência. Entre os destaques na apresentação está o geopatrulhamento de policiais por meio de imagem de satélite – enquanto uma equipe está no computador monitorando possíveis desmatamentos, ou crimes ambientais, para produzir relatórios técnicos, outra está em campo, em posse dessas informações, para verificar e coibir a prática ilegal.
Os militares também vão abordar a experiência que tiveram na “SP Sem Fogo”, uma operação formada por diversos órgãos estaduais para prevenção e combate a incêndios florestais e queimadas, especialmente durante o período de estiagem.
Além disso, a fiscalização de tráfico de animais silvestres, as ações realizadas após o desastre climático no Rio Grande do Sul, e a implementação do Sistema de Comando de Incidentes (SCI) — uma estrutura padronizada para gerenciar emergências e eventos planejados com a colaboração de órgãos como polícia, Corpo de Bombeiros, Companhia Ambiental (Cetesb), ONGs e outros —, também estão entre os temas abordados na apresentação.
Desde 2007 na Polícia Militar Ambiental, o capitão Sukatis contou que é uma “honra, uma responsabilidade e uma missão muito nobre” ser escolhido para participar de um congresso internacional para representar a corporação. “Se o governo argentino nos acionou, é porque o nosso trabalho está gerando frutos e resultados exemplares. Tenho certeza de que vamos não só entregar, mas receber muito conhecimento de lá também”, completou o policial.




