O Partido Liberal (PL) anunciou, nesta quinta-feira (27), a suspensão das funções partidárias e da remuneração do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão ocorre após a condenação do ex-mandatário por tentativa de golpe de Estado, que também resultou na suspensão de seus direitos políticos.
Segundo nota oficial divulgada pelo PL, a medida foi tomada “infelizmente”, conforme os termos da Lei nº 9.096/1995, que rege os partidos políticos no Brasil. A legenda afirmou que Bolsonaro continuará impedido de exercer atividades partidárias e de receber salário enquanto durarem os efeitos da condenação na Ação Penal 2668.
Atualmente, Bolsonaro está detido na sede da Polícia Federal em Brasília, onde cumpre pena determinada pela Justiça. O ex-presidente exercia o cargo de presidente de honra do partido desde sua filiação em 2021.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, utilizou a rede social X (antigo Twitter) para comentar a decisão. Ele afirmou que a suspensão foi “obrigatória, e não por vontade do partido”.
“Se ele está arbitrariamente impedido de trabalhar, a lei determina isso”, escreveu o senador. Em sua publicação, Flávio reforçou a necessidade de união entre os apoiadores do ex-presidente: “Enquanto eu estiver vivo, nada faltará ao meu pai. Repito, é hora de ficarmos unidos.”
A suspensão das funções partidárias de Bolsonaro marca mais uma consequência jurídica de sua condenação. Desde o início do processo, o ex-presidente tem acumulado restrições legais, incluindo a inelegibilidade e o afastamento de atividades políticas.




