A Divisão de Controle de Zoonoses, divulgou nesta sexta-feira (8) o resultado da Avaliação de Densidade Larvária. Realizado no mês passado, o estudo mostra que o índice de infestação de larvas do mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue, zika e chikungunya) é de 1,7 – situação de “alerta”. Pelos parâmetros do Ministério da Saúde, índice inferior a 1 indica condição satisfatória; de 1 a 3,9, configura-se como situação de alerta; e superior a 3,9, sugere risco. No último levantamento, realizado em outubro, o índice era de 0,7 (satisfatório).
Para o trabalho, foram vistoriados 4.786 endereços. A chefe da Divisão, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, chama atenção para a grande quantidade de recipientes propícios à proliferação do mosquito no interior das residências. Foram localizados 1.731 recipientes. Desse total, 921 (53,2%) continham água, e desses, 85 (9,3%) abrigavam larvas do Aedes aegypti.
Pedrina salienta a necessidade de a população colaborar no trabalho de prevenção, considerando-se que 46,2% dos recipientes encontrados poderiam ser descartados pelos moradores e 40,8% deveriam ser guardados em local coberto. Dentre os objetos mais comuns, foram identificadas 149 latas e frascos inservíveis, 109 pratos ou pingadeiras de plantas e 72 baldes ou regadores de plantas. “É de suma importância que os recipientes inservíveis sejam descartados ou removidos dos domicílios”, disse.
Outro aspecto apontado pela chefe da Divisão diz respeito à presença de larvas em ralos, tanto na parte interna quanto externa das casas. “Os moradores devem ter atenção especial e constante aos ralos, com adoção de telas ou de sistema do tipo “abre-fecha”. A colocação semanal de água sanitária nesses locais também é indispensável”, orientou.
Incidência
Os bairros mais críticos concentram-se na “região 2”, em que o índice predial foi de 3,94% (situação de risco). São eles: Jd. Alvorada, Jd. Antonio Brigatto, Jd. Barão de Limeira, Gleba Beatriz, Jd. Boa Esperança, Jd. Boa Vista, Vila Camargo, Jd. Grêmio, Pq. Hipólito, Jd. João B. Levy, Pq. Res. João Ometto, Jd. Kelly, Vila Labak, Jd. Presidente Dutra, Jd. Rossi, Vl. Sta. Lúcia, Jd. São Carlos, Jd. Cavinato, Jd. Celina, Jd. Nova Conquista, Jd. Nova Suissa, Jd. Oliveira, Jd. Orestes Veroni, Dom Oscar Romero e Jd. São Simão.
Por outro lado, a pesquisa apurou que a “região 6” apresenta situação “satisfatória”, com índice de 0,65%. Integram essa área, os bairros Abílio Pedro (IV, V, VI), Águas da Serra, Chácara Antonieta, Belinha Ometto, Caieiras, Santa Adélia, São Francisco, Distrito Industrial II, Jd. Esmeralda, Morro Branco, Pq. Nossa Sra. Dores (I, II, III), Jd. Nova Itália, Jd. Pérola, São Paulo, Trevo e Village. Nas demais regiões, onde foi constatada a situação de alerta, o índice variou de 1,15% a 2,21%.
O diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, destacou que os munícipes devem colaborar no trabalho de prevenção contra a dengue, vistoriando o próprio imóvel pelo menos dez minutos por semana. Ferrari observou, ainda, que a circulação do vírus do tipo 2 da dengue em São Paulo também demanda maior cuidado por parte da população. Ele esclareceu que nos últimos anos, o vírus predominante em Limeira é do tipo 1. Portanto, quem já teve dengue anteriormente, está novamente suscetível à doença, caso venha a adquirir o tipo 2.
Quanto às estratégias de prevenção ao mosquito, Ferrari informa que a prefeitura vem adotando todas as normas preconizadas pelos governos estadual e federal. As principais ações compreendem a vistoria de imóveis para eliminação de criadouros (trabalho denominado casa a casa), a limpeza contínua de áreas verdes, a vistoria de “Pontos Estratégicos” e de “Imóveis Especiais”, os mutirões e as “Ações Coercitivas” – para entrada e limpeza compulsória de imóveis que ofereçam risco à saúde pública. “Nossa luta contra o mosquito é contínua e já intensificamos os trabalhos de controle e prevenção. Só no ano passado, realizamos 20 mutirões. Neste ano, teremos o mutirão deste sábado (9) – nos bairros do entorno do centro – e do dia 16”, destacou.