Pacientes que utilizam o medicamento Mesalazina, considerado de alto custo, não estão recebendo o remédio na farmácia do Governo Estadual de São Paulo, já que o produto estaria em falta. Com isso, tratamentos estariam sendo afetados por conta da ausência do fármaco e alguns pacientes chegam ao ponto de se desfazer de bens da própria residência para dar contar de custear o tratamento.
É o caso da paciente Samara Almeida de Souza, de 26 anos, que sofre com a doença de Crohn, uma doença inflamatória no intestino e que depende da Mesalazina para manter o tratamento. A jovem retira os medicamentos na Farmácia de Alto de Custo em Limeira (SP). Ela foi informada que o remédio estaria em falta e não há uma previsão de retorno.
“A cada cinco dias uso uma caixa desse medicamento, que custa em torno de R$ 85 a 90. Estou numa fase em uma fase não muito boa, com problemas de saúde, então a falta desse medicamento prejudica muito”, lamenta a jovem, que relatou estar desempregada, ter um bebê de 9 meses e pagar aluguel, o que dificulta ainda mais sua situação financeira. “Vendi algumas coisas minhas, como roupas e sapatos, para custear esse valor”, contou.
A assessoria de imprensa do Governo do Estado de São Paulo informou que o medicamento Mesalazina está em fase de aquisição pelo governo. “O fornecedor será cobrado para agilizar a entrega, prevista para acontecer ainda neste mês”, diz nota oficial. “Todos os pacientes e/ou familiares serão orientados sobre a normalização para agendamento das retiradas”, informa.
OUTROS MEDICAMENTOS
O Rápido no Ar consultou o governo estadual sobre a possibilidade de haver outros medicamentos também em falta, mas não houve retorno quanto a essa lista.