Uma paciente, de 40 anos, manteve uma colega refém na noite de sábado (28) em uma clínica reabilitação feminina às margens da Rodovia Anhanguera, em Limeira (SP). Ela usou uma faca e teve a companhia de uma outra colega, uma adolescente, de 17 anos, durante a ação. Segundo a Polícia Militar, que fez a negociação para que a mulher se rendesse, em todo o tempo ela dizia que mataria a vítima. A mulher rendida estava com as mãos e pés amarrados com pedaços de pano e com uma faca apontada para o seu pescoço.
Os policiais foram chamados ao local por volta das 19h20, quando a mulher mantinha a refém na cozinha do estabelecimento. Diversas equipes das Polícia Militar, Samu, Resgate e até o caminhão do Corpo de Bombeiros foram deslocados ao local e usaram de técnicas de negociação para dialogar com a mulher.
Quando os PMs chegaram, encontraram a vítima muito abalada, chorando e gritando, com medo de ser ferida, já que estaria sendo ameaçada e agredida.
De acordo com informações da PM, no decorrer da negociação a mulher solicitou a presença de sua mãe, para que pudesse sair da clínica. Os policiais disseram ter feito tudo ao alcance para acalmar a mulher, que mesmo na presença dos PMs deu chutes e socos na vítima, colocou a faca várias vezes em seu pescoço, punho e rosto, e chegou a cortar o cabelo da vítima com o objeto cortante.
Segundo o relato dos PMs, outra atitude tomada pela mulher e sua comparsa foi derramar óleo em papéis e esponjas de aço, dizendo que ateariam fogo no local caso alguém tentasse se aproximar. Após pouco mais de 2 horas de negociação, os policiais conseguiram convencer a mulher a se entregar e liberar a vítima.
A refém foi atendida por uma Unidade de Resgate e as envolvidas na ameaça e cárcere da colega foram encaminhadas ao Plantão Policial. O delegado da Polícia Civil, Dr. Assis Cristofoletti elaborou um termo circunstanciado de constrangimento ilegal e apreendeu as duas facas apresentadas na delegacia.